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Suposto terrorista americano diz que foi torturado na prisão
Por Da AFP
31/10/2006 | 14:12
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O americano acusado de ser membro da rede Al Qaeda, José Padilla, denunciou torturas sofridas durante os três anos que esteve preso nos Estados Unidos como ‘combatente inimigo’, sem acusação formal nem acesso a advogados.

Em moções apresentadas no tribunal federal de Miami nas últimas semanas, os advogados de Padilla alegaram que seu cliente foi "torturado durante os quase três anos e oito meses de detenção ilegal", mediante métodos para "provocar-lhe dor, angústia, depressão e perda da vontade de viver".

De origem porto-riquenha, Padilla falou pela primeira vez das suas condições na prisão naval da Carolina do Sul entre 2002 e 2005. Ele foi detido em 2002 por planejar presumivelmente um atentado com ‘bomba suja’ radioativa.

Segundo a alegação de 22 páginas, ele esteve encarcerado numa pequena cela completamente isolado, sem distinguir o dia da noite e desorientado, com os guardas privando-o de descanso fazendo ruídos a qualquer hora, manipulando a temperatura da cela, e acendendo e apagando luzes, além de emitirem, supostamente, "vapores nocivos" que o irritavam.

Também alega ter sido "drogado contra a vontade, possivelmente com alguma forma de LSD" para fazê-lo falar durante os interrogatórios.

Os advogados ainda alegam que Padilla "foi ameaçado, ainda, com execução iminente, tendo sido encapuzado e forçado a ficar em posições incômodas durante longos períodos".

A Promotoria pediu um prazo até 13 de novembro para analisar o caso.



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