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Precatório à vista?

Os funcionários exonerados da Prefeitura de São Bernardo estão preocupadíssimos.

Do Diário do Grande ABC
24/01/2009 | 00:00
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Os funcionários exonerados da Prefeitura de São Bernardo estão preocupadíssimos. Corre de boca-em-boca que o prefeito Luiz Marinho (PT) não pretende pagar as indenizações trabalhistas e deixar virar precatório. Conseguir uma informação sobre o assunto no Paço está muito difícil. Um setor foi criado especialmente para tratar das demissões, mas ninguém consegue algum esclarecimento por lá.

Até mesmo os secretários do governo anterior não foram comunicados quando o dinheiro entrará na conta. Saber alguma coisa sobre a rescisão de contrato tem sido um desafio maior do que resolver um problema no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor). É um tal de empurra-empurra que só falta a Prefeitura colocar aquele musiquinha enfadonha que tira qualquer um do sério do outro lado da linha telefônica.

Ir até o tal departamento exige dose sobrenatural de paciência. Parece posto de Saúde ou hospital público na segunda-feira. É apinhado de funcionário demitido e de funcionário atendente. O primeiro grupo toma enorme chá-de-cadeira e sai de lá p... da vida e sem informação; o segundo, do outro lado do balcão, não explica nada, não tem orientação alguma a dar e, aliás, mal sabe o que faz lá. As centrais sindicais que tanto barulho fazem por aí afora deveriam protestar na frente do Paço, exigindo ‘Pagamento Já, Marinho'.

Bastidores

Compromisso com Grana
E por falar em Luiz Marinho, ele assumiu um compromisso para 2010 que vai incomodar muita gente, principalmente Vicentinho. É que o prefeito de São Bernardo já se comprometeu a apoiar Carlos Alberto Grana, presidente da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), que sairá candidato a deputado federal por Santo André. Assim decidido, Vicentinho vai para o escanteio, só e desamparado na corrida pela reeleição.

Sucessora
Regina Maura, ex-secretária de Saúde, valorizou seu passe ao ser escolhida pelo prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, para ser supersecretária nesta gestão. Na cidade, rodinhas políticas dão como certa sua indicação para à Prefeitura em 2012. Auricchio desconversa, mas, excetuando ela, não há no atual grupo político outro sucessor natural.

Assim como o chefe do Executivo, Regina destacou-se à frente de uma Pasta espinhosa como é a Saúde que, se não é lá essas coisas no setor privado, imaginem no público.

Mesmo assim, ela caminhou bem por essa estrada tortuosa, tanto que virou supersecretária. Mais um desafio para testar sua capacidade, agora bem mais política que o cargo anterior.

A idéia é agradável: uma prefeita. No Grande ABC apenas Ribeirão Pires teve essa experiência, com a petista Maria Inês, que hoje está na problemática Mauá, integrando o governo Oswaldo Dias.

Novo point
A cada temporada os políticos escolhem determinados estabelecimentos, geralmente gastronômicos, para servirem como extensão de seus gabinetes, mas sem a formalidade dos mesmos e sem o chato do protocolo de ser anunciado, aguardar na sala de espera e ficar visível a todos. O novo ponto fica em São Caetano, entre pães de queijo, café expresso ou capuccino. Até prefeito de outra cidade costuma aterrisar por lá, de preferência aos sábados de manhã.

Sem expediente
Este colunista, tal qual as administrações públicas deste imenso Brasil, não dá expediente aos sábados e domingos. Vou descansar os dedos aos finais de semana, mas não os olhos e ouvidos. Jamais. Podem estar certos que estamos na área, à procura de feitos, fatos e fotos. Esta coluna retorna na terça-feira.




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