Política Titulo Votaria na Dilma
Salles contém ímpeto para não repetir erros em Santo André
Por Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
09/06/2012 | 07:00
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As falhas praticadas no processo eleitoral de 2008 serão evitadas ao máximo pelo pré-candidato à Prefeitura de Santo André pelo PDT, Raimundo Salles. Diferentemente do último pleito, o pedetista trocou a estratégia política e, atualmente, prefere ficar somente nos bastidores do poder, negociando o apoio de partidos, a coligação majoritária e a proporcional, sem entrar no enfrentamento com adversários. "Não quero cometer os mesmos erros do passado", admite o postulante à sucessão de Aidan Ravin (PTB).

Candidato pelo DEM há quatro anos, Salles amealhou 70,9 mil votos (19%) e por margem pouco significativa não passou ao segundo turno. Ele ficou em terceiro lugar, atrás de Vanderlei Siraque (PT), com 48%, e Aidan, que alcançou 21% do eleitorado e virou o placar na etapa final. O resultado demonstrou que existia desgaste do PT e, por consequência, o segundo colocado entraria com fortes chances de vitória. Esse aspecto mudou a tática eleitoral do pedetista.

Entre os erros capitais, Salles considera que polarizou negativamente com o PT. Segundo o advogado, a conduta não trouxe benefícios à sua candidatura, deixando para Aidan o bônus de desviar-se das divididas. "Naquela ocasião, eu encontrava o defeito e apontava (essas falhas). Agora posso fazer avaliação melhor sem entrar nesse embate", disse, ao adiantar que ficará de fora de ataques pessoais. "Hoje votaria no PT da Dilma (Rousseff), em âmbito federal."

Salles avalia que, desta vez, não fará anúncio do secretariado antes da eleição e nem se preocupará em formar grande bloco de aliados no arco de alianças. Em 2008, ele conseguiu a marca de 11 legendas na coligação e perdeu, sendo que Aidan, sem contar com apoio de nenhuma sigla sagrou-se com êxito. "Eu tinha 130 candidatos a vereador e o Siraque, 260. Com o Aidan eram só 28. Um monte de legendas não é sinônimo de vitória." Contando com o PDT, são cinco partidos na união: PSC, PRB, PTC e PTN.

Outro ponto descartado é cobiçar em demasia o apoio de um candidato desde o primeiro turno, como foi feito com Aidan há quatro anos. "Ele era a noiva no processo. Todo mundo o queria como vice (PT e PSDB, de Newton Brandão, morto em 2010). Com isso, passou ileso na polarização entre eu e o PT", afirmou. Segundo ele, após pesquisas detectarem que o tucanato não teria possibilidade no pleito, Aidan, "por essa relação de proximidade, quando era cotado", ganhou o segundo voto.




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