Economia Titulo
Trabalhadoras da CBC e da CGE terão 180 dias de licença maternidade
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
28/11/2008 | 07:00
Compartilhar notícia


As trabalhadoras da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), localizada em Ribeirão Pires, e do Grupo CGE (antiga Cofade, que fica em Mauá) conquistaram o beneficio de 180 dias de licença-maternidade. Segundo Maria da Penha, coordenadora da Comissão de Mulheres do Sindicato dos Químicos do ABC, as duas empresas são as únicas das setor na região que cederá esse beneficio para suas funcionárias.

Para a dirigente, a mobilização das trabalhadoras na CBC e no Grupo CGE está sendo fundamental para estimular outras empresas da região a ampliar o benefício para 180 dias.

Penha acredita que a licença-maternidade maior garante o direito da criança de estar mais tempo ao lado da mãe para ser amamentada por no mínimo seis meses, tempo recomendado pelas campanhas oficiais do Ministério da Saúde.

Segundo Maria da Penha, a reivindicação está na pauta desde outubro nas empresas. Mas ela afirma que há muitas companhias ainda resistentes a ceder o benefício. Inclusive ela afirma que algumas dizem que podem até diminuir o número de mulheres no quadro de funcionários por causa da lei. "Acredito que com o tempo essa realidade possa mudar, já que é uma questão de tempo e processo. Pelo menos já estamos colhendo alguns frutos", aponta.

A CBC têm cerca de 1.300 trabalhadores, sendo que deste montante 27% são mulheres, beneficiárias diretas dessa conquista. Já o Grupo CGE conta com cerca de 500 funcionários e 30% são do sexo feminino.
As empresas CBC e Grupo CGE foram procuradas , mas a reportagem não teve nenhum retorno até o fechamento desta edição.

HISTÓRICO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 11.770 que amplia a licença-maternidade de quatro para seis meses.

O projeto aprovado pelo Congresso prevê licença de 180 dias, mas os últimos 60 serão opcionais - a empresa pode, ou não, incluí-los nos período de afastamento da gestante. O pagamento também é feito pelas empresas, mas elas poderão abater do Imposto de Renda o salário bruto dos dois meses extras da licença.

As empresas que aderirem à ampliação da licença-maternidade vão receber incentivos fiscais e o título de Empresa Cidadã. A medida vale tanto para a iniciativa privada quanto para o setor público federal, estadual e municipal. A medida deverá entrar em vigor apenas em 2010.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;