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Rhodia Sto.André comemora junto com São Paulo Fashion Week
Por Rosângela Espinossi
Do Diário do Grande ABC
27/06/2005 | 08:03
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A Rhodia aproveita a 19ª edição da São Paulo Fashion Week para uma comemoração especial: os 50 anos do lançamento da fibra poliamida (náilon), que começou a ser fabricada em maio de 1955 na fábrica de Santo André. "Foi a estréia do fio sintético na indústria têxtil brasileira, que mudou o hábito da população do país, acostumada a tecidos naturais, como linho e algodão", afirma o diretor de Marketing da empresa José da Conceição Padeiro.

Em três anos, a Rhodia já produzia 1 tonelada da fibra ao ano, volume que se transformava em tecidos que os mais velhos devem lembrar bem: Dropnyl e Rhodianyl Helanca. Este último, para roupas mais próximas ao corpo, como lingerie, maiôs e meias. Hoje, a produção é de 24 mil toneladas por ano de filamentos em poliamida, o que a faz líder no mercado de fios sintéticos de náilon no Brasil.

No lounge da empresa montado nas dependências da SPFW, um painel de fotos (nas paredes e no chão) mostra a história e a importância da Rhodia na divulgação da moda brasileira, a partir da década de 1960. Entre os destaques, os memoráveis desfiles na Fenit, que contavam com shows de coreografia, músicas de compositores do calibre de Gilberto Gil e Caetano Veloso, e roupas com estampas criadas por artistas como Aldemir Martins, Djanira e Volpi.

A concepção do espaço a ser inaugurado nesta terça-feira está por conta de Cyro Del Nero, cenógrafo dos espetáculos de moda promovidos naqueles anos pela empresa. Devem estar lá também 10 vestidos feitos com fibra Rhodia nos anos 60, que agora pertencem ao arquivo do Masp.

A divulgação da moda brasileira passa desde então pelas máquinas situadas na avenida dos Estados, em Santo André. A Rhodia levou os shows produzidos aqui para Londres, Milão e Moscou. Nos anos 70 e 80, a empresa traçou um perfil psicológico do consumidor brasileiro, até então dividido por classes sociais. "Queríamos saber por que o boy que ganhava um salário mínimo comprava uma calça jeans que valia dois salários", explica Padeiro. E, por 20 anos – de 1978 a 1998 –, bancou a vinda ao Brasil da professora de estilo francesa Marie Rucki, do Studio Berçot, que deu aulas para estilistas, como Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço.

Nestes 50 anos, outras inovações tecnológicas entraram no cardápio da indústria têxtil pelas máquinas da Rhodia. Em 1992, lançou a primeira microfibra fabricada no Brasil. Seis anos mais tarde criou a marca Amni, que batiza produtos feitos a partir de microfibra e é voltada para os segmentos fashion, lingerie e esportivo. E, em 2000, apresentou os primeiros fios inteligentes, com função antibacteriana e com proteção solar.

Hoje, os fios inteligentes, as microfibras e as supermicrofibras representam 50% da produção de fios têxteis da Rhodia. Desde o lançamento da SPFW, em 1996, a Rhodia sempre participou como patrocinador. Tudo isso, claro, tem um preço. São US$ 5 milhões destinados anualmente ao desenvolvimento e divulgação de novos produtos. "Nesta edição da São Paulo Fashion Week vamos lançar mais dois fios inteligentes: o nylcel, com toque de crepe, e naturale, com visual que se assemelha ao algodão", afirma o diretor Padeiro.




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