A diretoria do Centro Hospitalar de Santo André afirma que não há motivo para pânico. “O hospital é seguro. Não temos nada a esconder. Se tivéssemos descoberto algum perigo seríamos os primeiros a adotar as medidas necessárias e informar a população. Não é o caso”, garante a diretora Rosa de Aguiar.

De acordo com a médica, enquanto as investigações sobre a presença da bactéria Acinetobacter no berçário não chegam a uma conclusão, o centro continua promovendo ações preventivas. “Intensificamos medidas relacionadas à higiene, fluxo de pessoas e coleta de exames. Os funcionários também passaram por testes”, conta.

Apesar de o clima dentro do hospital estar pesado, a rotina de trabalho segue mantida. A diretora conta que o berçário foi entregue terça-feira, após reforma já programada para manutenção e melhorias.

“Não fechamos o berçário por causa de nenhuma bactéria. Não recebemos orientação do município ou do Estado para isso. Foi apenas uma coincidência. Estávamos pintando e fazendo trocas de encanamentos.”

Sobre a morte de Andressa Oliveira Gama dos Santos, possivelmente por infecção generalizada causada pela Acinetobacter, a diretora comenta que o caso será estudado. “Ela tinha a colonização, mas temos de levar em consideração outras possibilidades”, diz.

A grande preocupação hoje está no trato com os pacientes. A diretora Rosa revela que as pessoas estão apavoradas. “Tem gente que não quer comer. É muito complicado. Não há motivo para nada disso.”

Surto - A comissão de controle de infecção do hospital voltou a afirmar, quarta-feira, que o processo de investigação, até agora, aponta para a inexistência do surto. “No entanto, o trabalho continua e, por isso, não se pode descartar nada”, diz o médico Fernando Galvanese.