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Estudante de 16 anos da Etec de Rio Grande denuncia professor por importunação sexual

Família registrou boletim de ocorrência e pede afastamento do docente

Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
27/05/2022 | 00:01
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Banco de Dados


Uma estudante de 16 anos denunciou professor da Etec (Escola Técnica Estadual) Rio Grande da Serra por assédio. O caso aconteceu em março, dentro da unidade de ensino, na presença de outros alunos. Quase três meses depois do ocorrido, a família da jovem ainda aguarda retorno sobre a investigação pela polícia e pede providências por parte da Etec, como o afastamento do professor da escola.

“A gente quer que a justiça seja feita. A escola fala que fez todo o procedimento, só que o professor está dando aula. Parece que não aconteceu nada. A gente não tem retorno do que está acontecendo. Estou achando que estão esperando cair no esquecimento”, afirmou Rafael de Oliveira, pai da estudante que procurou o Diário em busca de apoio para obter respostas sobre o caso. 

De acordo com os relatos da jovem, o assédio aconteceu no dia 16 de março, quando o professor tocou na adolescente e disse palavras inadequadas. Na mesma data, a aluna, acompanhada de colegas, procurou a direção da escola e denunciou o ocorrido. A estudante também recorreu à família, que registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Ribeirão Pires.

“A gente vê tantos casos acontecendo de violência contra mulheres, contra crianças. Quando o filho da gente estuda, a gente confia na escola. Jamais vai esperar que aconteça isso. Só quero justiça, que ele não dê mais aula para crianças e adolescentes”, concluiu Rafael. 

Procurado pelo Diário, o Centro Paula Souza, que administra as Etecs, esclarece que foi aberta apuração preliminar da denúncia de possível má conduta do docente. A instituição afirma que o procedimento “está em fase final de relatório para envio à Procuradoria de Procedimentos Disciplinares da Procuradoria Geral do Estado, órgão que realiza a instauração do processo administrativo disciplinar”. 

Em nota enviada ao Diário, o Centro Paula Souza declara que não compactua com nenhuma forma de desrespeito e assédio e orienta diretores a abrir apuração preliminar para averiguar eventuais denúncias dos estudantes, independentemente de registro ou não do boletim de ocorrência pelas partes envolvidas no caso. 

“Por meio da Comissão Permanente de Orientação e Prevenção contra o Assédio Moral e Sexual, a instituição promove ações como capacitação de docentes, palestras e divulgação de informações visando à orientação e prevenção de atitudes contrárias aos direitos civis”. 

Estudantes, professores e toda a comunidade acadêmica têm à disposição os canais oficiais para denúncias e orientações: copams@cps.sp.gov.br e ouvidoria@cps.sp.gov.br




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