Setecidades Titulo Coluna Memória
Extração e remessa de lenha. Forma-se a economia da Estação. Os primeiros profissionais liberais.

Em 1910 a Estação Rio Grande era a quinta maior arrecadadora de impostos do então Município de São Bernardo, à frente de São Caetano, Pilar (hoje Mauá) e Campo Grande.

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
12/05/2022 | 06:03
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Quem mais arrecadava impostos era a Vila de São Bernardo (então sede do município), seguida por Santo André, Ribeirão Pires e Paranapiacaba.

Segundo o livro de impostos de indústrias e profissões da única prefeitura de então, o forte do futuro distrito e município de Rio Grande da Serra eram os produtores de lenha, chamados “remetentes”.

A lenha retirada das matas seguia por caminhos rurais até a estação ferroviária, de onde era despachada para as cidades ao longo da Estrada de Ferro São Paulo Railway.

Memória” contabilizou 24 remetentes de lenha em Rio Grande. Dois deles possuíam serrarias a vapor: José Maria de Figueiredo e F. Biancalona e Cia.

Naquele ano de 1910, entre produtores de lenha aparecem nomes como os Francisco Martinelli, Antonio Carnavalle, Fortunato Arnoni, Sebastião Pedroso e Empresa Indústrias Extrativas.

José Maria de Figueiredo mexia com lenha e também possuía, em Rio Grande, armazém de secos e molhados e olaria. Outras duas olarias aparecem na lista de impostos de então: Eliseu Pescoirini e Júlia Gelardi.

Entre os comerciantes, vários mantinham armazéns de secos e molhados: Josephina Fortunata Pandolphi, Domingos Braciali, Salvador Gassi, Benedito Anacleto dos Santos, F. Biancalona, Amaro Pires Martins, Guilherme Pinto Monteiro (hoje nome de rua em Rio Grande da Serra), Basílio Dal Pogetto e Francisco Beber.

Açougues eram dois, mantidos por Felício Rosa Espina e Benedito Anacleto dos Santos.

Anselmo Pivette trabalhava de ferreiro e carpinteiro; Francisco Picardi, o sapateiro.

Havia duas canchas de bochas – chamadas “jogos de bolas” - nos armazéns de José Phelippe e de Guilherme Pinto Monteiro. Vários armazéns diversificavam atividades mantendo setores de ferragens, louças, calçados, armarinhos e quitandas.

Mil novecentos e dez. Pelos anos seguintes – indicam os livros de impostos – novos negócios foram abertos na Estação Rio Grande. Streiff, com fábrica de cadeiras no Centro de Santo André, chegava em 1911, introduzindo vagonetas para o transporte da madeira retirada deste braço da Serra do Mar; Nagibe Bechara abria loja de roupas feitas e chapéus; Avelino Pinto Monteiro instalava uma padaria, provavelmente a primeira de Rio Grande.

Crédito das fotos 1 e 2 – Acervo: Octavio David Filho

TEMPOS RURAIS. Na Fazenda Rio Pequeno, um carretão para o transporte de lenha em direção ao pátio ferroviário; montando o cavalo ‘Barão’, o proprietário, José Maria de Figueiredo


E ATENÇÃO
Todos à Matriz da Paróquia São Geraldo Magella hoje à noite. Será lançado o livro com a história desta heroína, Maria José, de autoria de Leonardo Campos. A partir das 19h. Local: Avenida Queiroz Filho, 2765, Vila Guaraciaba, em Santo André.

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Sexta-feira, 12 de maio de 1972 – ano 14, edição 1840

DESTAQUE – Anel rodoviário está esquecido. O vereador de São Caetano, Sebastião Laureano, quer saber do secretário Paulo Maluf, dos Transportes do governo do Estado, a situação em que se encontram os estudos referentes ao anel rodoviário planejado para interligar bairros e municípios à Capital.

NOTA – É uma longa história. A matéria citada pelo saudoso vereador são-caetanense seria transformada no chamado Corredor ABD. Viria o anteprojeto de um anel ferroviário, impedido pela Lei de Proteção aos Mananciais editada em 1976. Lei que não impediu a abertura do atual Rodoanel Mário Covas, com todas as suas consequências de agressão à natureza e que não impediu a desindustrialização do Grande ABC.

EM 12 DE MAIO DE...

1902 – O subdelegado da Estação do Rio Grande (da Serra) comunicou ao chefe de polícia a morte repentina de Lucas Rodrigues, “de 80 anos presumíveis”.

1922 – Divulgada a estatística do eleitoral e população do Estado de São Paulo até 31 de dezembro de 1921: os 211 municípios possuíam 1.202.361 moradores, com 167.370 eleitores. A região, então Município de São Bernardo, tinha uma população de 24.014 moradores, dos quais 804 eram eleitores.

1947 - Pedro Manoel Cordeiro nasce em Ribeirão Pires. Historiador da cidade e colaborador desta página Memória, filho dos primos Manuel Cordeiro e Florinda Cordeiro. Foi parteira dona Assumpta Rico Simões, mãe do prefeito Antonio Simões. Pedro Cordeiro é casado com Teresa Martins Garcia Cordeiro. O casal tem três filhos – Melissa, Leonam e Lucas – o genro Sidney Marques Junior, as noras Melissa e Eliziani, e os netos Felipe (7 anos) e Rafael (4).

1952 – Fundado o Edifício José Pasin, com o novo Cine São Bernardo.

Rádio Tupi anunciava a estreia naquela noite de “História de São Paulo”, programa escrito por Tulio de Lemos, com a supervisão de Guilherme de Almeida. objetivo era dramatizar a história paulistana com vistas aos festejos do seu IV Centenário, em 1954.

1957 – Naquele domingo, a TV Paulista, canal 5, abria sua programação às 14h35 com a “Tarde Esportiva”. Jogariam, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, Corinthians e Flamengo, com transmissão ao vivo. Deu Flamengo: 4 a 0.

SANTOS DO DIA
Joana de Portugal

Leopoldo Mandic

Nereu, Aquiles e Pancrácio

HOJE
Dia da Enfermagem e do Enfermeiro.

A data foi escolhida em homenagem à Florence Nightingale, nascida em 12 de maio de 1820 e considerada a “mãe” da enfermagem moderna.

No Brasil, a data também lembra Ana Néri, primeira enfermeira brasileira a se alistar voluntariamente em combates militares.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Indiaporã (São Paulo), Amaral Ferrador (Rio Grande do Sul), Cambuquira (Minas Gerais), Cantagalo (Paraná), Doradina (Mato Grosso do Sul) e Estreito (Maranhão) são alguns dos municípios que fazem aniversário em 12 de maio.

Falecimentos 

Santo André

Maria Raddi Vido, 98. Natural de São Sebastião da Grama (São Paulo). Residia na Vila Curuçá, em Santo André. Dia 8. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Odette Aquilina Martins Cabral, 91. Natural de Catanduva (São Paulo). Residia no Parque Marajoara, em Santo André. Pensionista. Dia 8. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

São Bernardo

Expedita Santa de Freitas, 101. Natural de Mombaça (Ceará). Residia no bairro Paulicéia, em São Bernardo. Dia 6. Memorial Jardim Santo André.

Maria Amélia de Melo Rodrigues, 96. Natural de Três Corações (Minas Gerais). Residia no Jardim do Mar, em São Bernardo. Dia 7. Memorial Jardim Santo André.

São Caetano

Ninfa Rodrigues de Melo Almeida, 88. Natural de Rio Claro (São Paulo). Residia no bairro Barcelona, em São Caetano. Dia 8, em São Bernardo. Cemitério São João Batista, em Rio Claro.

Diadema

Madalena da Conceição Sabino, 86. Natural de São Luiz do Paraitinga (São Paulo). Residia no bairro Casa Grande, em Diadema. Dia 6, em São Bernardo. Jardim da Colina.

Mauá

Cristiane Di Fabio, 89. Natural da Itália. Residia no Jardim Zaíra, em Mauá. Dia 6, em São Bernardo. Vale dos Pinheirais.

Ribeirão Pires

Valdevina Carolina dos Santos, 87. Natural de Iapu (Minas Gerais). Residia na Vila Nova, em Ribeirão Pires. Dia 8. Cemitério São José.

Rio Grande da Serra

Carlos João Batista Pinto, 57. Natural de Córrego Novo (Minas Gerais). Residia na Vila Bocaina, em Ribeirão Pires. Dia 4, em Ribeirão Pires. Cemitério São Sebastião. 




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