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Derrotados querem impugnar eleição do PSB em Diadema
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
16/07/2005 | 08:14
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O grupo derrotado na eleição do diretório do PSB em Diadema encaminhou à Executiva Estadual do partido pedido de impugnação do resultado. O pleito, realizado no último dia 10, reconduziu ao comando da legenda o atual presidente e ex-vereador Manoel José da Silva, o Adelson. O documento, encaminhado ao presidente estadual do PSB, Márcio França, aponta, entre outros motivos, desvio de dinheiro do partido, assinaturas irregulares de atas e atos de improbidade administrativa. O socialista foi candidato a vice-prefeito de Diadema na chapa derrotada de José Augusto da Silva Ramos (PSDB), no ano passado.

Para a professora Maria Cecília Ruivo, membro da Chapa 2, houve irregularidades no processo de filiação de novos membros. “Eu entreguei ao Adelson R$ 660, referentes ao pagamento de 33 novos filiados que participariam das eleições. Mas, para nossa surpresa, esses nomes não aparaceram na lista de votação. Descobrimos, então, que ele não mandou os nomes ao Diretório Estadual. O Adelson usou esse dinheiro. Ele agiu de má-fé”, diz Maria Cecília.

Segundo Maria Cecília, 103 filiados, ligados à chapa 2, foram impedidos de votar.

Para o médico Paulo Milanesi, que encabeçava a chapa derrotada, o processo eleitoral não teve transparência. “Teve gente que votou com RG de outras pessoas. Além disso, eles impugnaram muitos de nossos eleitores. Foi um absurdo”, diz. Se o diretório estadual acatar o pedido, Milanesi assume o cargo.

Informado do recurso pelo Diário, Adelson disse que a eleição foi correta e que agiu conforme o Estatuto da legenda. “Eles estão equivocados. Essas fichas não estavam aptas a votar. Há 20 fichas que são de filiados de São Paulo, 85 sem data nem assinatura, além de algumas sem CPF e RG. Foram impugnadas corretamente”, defende-se.

Três dias antes da eleição, Adelson impugnou a Chapa 2, mas voltou atrás. “A chapa não tinha o número mínimo de integrantes. Deveria ter 45 nomes para a diretoria, 15 suplentes, seis para o Conselho Fiscal e seis para o Conselho de Ética, mas eles apresentaram apenas 38 nomes. Mesmo assim, permitimos que eles participassem da eleição”, diz. Ele diz estar tranqüilo e não teme perder o cargo no tapetão.




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