A pandemia do novo coronavírus escancarou os problemas decorrentes da desigualdade social no mundo todo, como a fome. Não foi diferente no Grande ABC, onde se tornou mais evidente a dependência dos desvalidos por programas de assistência. Em Santo André, projeto do FSS (Fundo Social de Solidariedade), conduzido pela primeira-dama Ana Carolina Barreto Serra, vem distribuindo cestas básicas a famílias carentes da cidade. A cada mês, elas contribuem para matar a fome de 50 mil pessoas. Para se ter ideia da abrangência da iniciativa, diga-se que a meta é chegar a 1 milhão de unidades entregues até 2024.

Em épocas de grandes privações, como a que a humanidade está vivendo desde 11 de março de 2020, quando a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou que a disseminação do novo coronavírus não respeitava mais fronteiras, caracterizando a pandemia, torna-se necessária a ação imediata das autoridades no socorro aos indivíduos mais necessitados. É exatamente o que fez Santo André ao ampliar seu programa de distribuição de alimentos.

Desde 2017, o Fundo Social já entregou 620 mil cestas básicas a famílias de baixa renda em Santo André. Até dois anos atrás, os itens eram encaminhados a 60 entidades que ajudavam na logística. Com o surgimento da pandemia, o número subiu para 114 organizações beneficiadas. A expectativa, segundo informações de Ana Carolina, é que mais seis se juntem ao grupo até o fim do ano.

Preocupação com as pessoas, especialmente as mais necessitadas, deve ser a missão de qualquer governo e administração. Sabe-se que desenvolver e aplicar políticas públicas de capacitação e inclusão dos cidadãos no mercado de trabalho é a maneira mais adequada de garantir melhores condições de vida aos munícipes, de modo sustentável. No entanto, em algumas situações limítrofes e específicas, como a fome em tempos de peste, tão importante quanto ensinar a pescar é dar o peixe – para garantir que as pessoas tenham condições de se manter vivas durante a travessia.