Enquanto isso, analistas e adversários do presidente americano discutem a eficácia da viagem para sua imagem. Para Stephen Zunes, especialista em Oriente Médio da Universidade de San Francisco, a visita de Bush aos soldados americanos no Iraque “não passou de uma operação de relações públicas para a opinião pública americana”.
O jornal The New York Times acredita que a viagem “surpreendeu e confundiu” os rivais do presidente americano. Howard Dean, um dos principais críticos da guerra no Iraque e entre os nove pré-candidatos do partido Democrata à eleição presidencial de 2004, disse que “é bacana que ele tenha conseguido voltar, mas essa visita não mudará o fato de que aqueles bravos homens e mulheres nunca deveriam estar lutando no Iraque”.
O senador John Kerry, de Massachusetts, divulgou nota declarado que a viagem “foi a coisa mais certa a fazer por nosso país”. “Mas, quando a Ação de Graças terminar, espero que o presidente aproveite para corrigir sua política fracassada no Iraque, que pôs nossos soldados num stand de tiros”, acrescentou.
Segundo os especialistas, a visita de Bush no Iraque pode ajudá-lo "temporariamente" a obter mais apoio dos americanos sobre sua política no Iraque. No entanto, não garante nada para a eleição de 2004. “O presidente Lyndon Johnson fez isso no Vietnã. Havia fotos dele dando a mão aos soldados, mas isso não ajudou numa perspectiva a longo prazo”, disse Zunes.
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