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Ex-prefeitos acumulam derrotas na disputa por vaga a deputado

Marinho e Atila irão buscar quebra do histórico; Dib e Filippi foram os últimos da lista, em 201

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/04/2021 | 00:17
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Ex-prefeitos das cidades do Grande ABC têm acumulado derrota na disputa eleitoral por vaga de deputado depois de deixar o comando do Paço. João Avamileno (SD, Santo André), Aidan Ravin (morto em janeiro, Santo André), Gilson Menezes (morto em 2020, Diadema), Mário Reali (PT, Diadema), Oswaldo Dias (PT, Mauá), Donisete Braga (PDT, Mauá), Maria Inês Soares (PT, Ribeirão Pires) e Adler Kiko Teixeira (PSDB, Ribeirão e Rio Grande da Serra) integram extensa lista de reveses nas urnas apenas nos últimos 20 anos dentro do contexto regional.

Embora no caminho inverso há série de casos de êxito – deputados que se elegem prefeitos na região –, a trilha por assento parlamentar na sequência vem se tornando árdua. William Dib (São Bernardo) e José de Filippi Júnior (PT, que retornou à chefia do Executivo de Diadema) foram os últimos a obter sucesso nesta empreitada, em 2010 – o petista, todavia, fracassou em 2018. No pleito de 2022, o feito de Dib e Filippi, ambos eleitos para ocupar cadeira na Câmara Federal, irá completar 12 anos. Na ocasião, Dib, então pelo PSDB, registrou 113,8 mil votos. Já o petista recebeu 149,5 mil. Antes deles, Celso Daniel e Newton Brandão, ambos de Santo André, bem como José Augusto da Silva Ramos e Gilson, de Diadema, também resgataram recall de prefeito no pós-redemocratização do País.

Ex-gestores municipais, Luiz Marinho (PT, São Bernardo, 2009 a 2016) e Atila Jacomussi (PSB, Mauá, 2017 a 2020) já sinalizaram que colocarão o nome no páreo por espaço a federal e estadual, respectivamente, na tentativa de quebrar esse histórico recente negativo. Apesar de experiência na briga majoritária – na qual venceu duas, sendo uma delas a reeleição, e perdeu outras duas –, será a estreia do petista, que é presidente estadual do partido, na raia proporcional. O socialista, por sua vez, exerceu mandato na Assembleia Legislativa entre 2015 e 2016, pelo PCdoB – renunciou para assumir o Paço.

Marinho minimizou o hiato sem ex-prefeitos vitoriosos no período. Para o petista, a situação “é muito relativa, conjuntural”. “Filippi, por exemplo, não era candidato havia muito tempo (em 2018). Não pode considerar resultado”, sintetizou. “Vejo como questão de momento, depende de cada liderança conseguir reunir grupo. Considero que, logo quando termina o mandato (Executivo), costuma ter muita chance. Se eu tivesse sido candidato na sequência (a deputado em 2018) acredito que probabilidade (de êxito) seria grande. Sabíamos que não havia chance ao governo do Estado (naquela oportunidade), mas cumpri missão. Agora, espero que sejamos felizes nesta empreitada. Pessoal me escalou, e vou encarar com serenidade. Creio ser plenamente possível projeto de sucesso numa candidatura de deputado.”

Atila pontuou que cada um tem seu perfil e defendeu seu legado no Paço – saiu derrotado do processo por diferença 2.676 votos. “Por pouco não fui reconduzido. Tenho experiência na Assembleia, inclusive com muitas demandas e emendas. A microrregião (Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) conheceu a carreta da mamografia, projeto do Via Rápida, Poupatempo. Vou brigar pelo hospital veterinário regional e estadualização do (Hospital Radamés) Nardini. Estou otimista. Antes, Mauá não tinha prefeito filho da cidade. Não tinha ex-superintendente da Sama que se elegeu prefeito. Vou voltar a quebrar esse estigma. Expectativa é grande.” 




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