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SP evita cravar recuo, mas pressão ainda sustenta IML em Diadema

Secretaria de Segurança Pública não anuncia desistência de fechamento do posto, só que unidade segue preservada

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
13/04/2021 | 05:11
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Reprodução


O governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), deu novos sinais de que pretende recuar da decisão de fechar a unidade do IML (Instituto Médico-Legal) de Diadema. Apesar de mais uma vez evitar cravar que vai manter o posto na cidade, o Palácio dos Bandeirantes suspendeu a transferência do equipamento, iniciada a fórceps há uma semana.

Após um mês de impasse, o prefeito José de Filippi Júnior (PT) finalmente se reuniu ontem pessoalmente com o secretário estadual de Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos. Em nota ao Diário, a pasta não confirmou se manterá o equipamento no município, mas, por ora, a unidade segue em funcionamento dias após o Estado iniciar a transferência de patrimônio. “O secretário da Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, e demais integrantes da SSP receberam hoje (ontem) o prefeito de Diadema e parlamentares para discutir alternativas de manutenção do IML no município. No encontro, ficou acertado que técnicos estaduais e municipais farão uma visita à unidade nos próximos dias e uma nova reunião entre as partes será realizada na próxima semana”, sintetizou a pasta, sem dar ponto final à novela.

O governo Filippi alega que, na reunião, reforçou o compromisso de reformar a estrutura do prédio que atualmente abriga o IML, localizado no terreno do Cemitério Municipal, na região central da cidade, e que pretende encontrar novo local para instalar o posto. “Ficou acordado entre o Estado e o município de haver reunião com a equipe técnica da SSP e a Secretaria municipal de Obras na quarta-feira (amanhã) no IML de Diadema para avaliar quais adaptações podem ser feitas com mais urgência no atual prédio enquanto não se consegue transferir o serviço para um prédio mais adequado”, informou a administração petista. Além de Filippi, participaram do encontro o secretário municipal de Defesa Social, Benedito Mariano, o presidente da Câmara, Josa Queiroz (PT), e os deputados estaduais Márcio da Farmácia (Podemos) e Carla Morando (PSDB).

O CASO

O Diário revelou no início de março que o Estado havia comunicado ao município que encerraria as atividades do IML de Diadema e transferiria a prestação de serviços aos munícipes às unidades de São Bernardo. Oficialmente, a medida foi atribuída à “otimização de recursos”. A iniciativa gerou revolta da classe política da cidade, que passou a pressionar o Palácio dos Bandeirantes a recuar da decisão.

Na semana passada, servidores estaduais iniciaram a retirada de computadores da unidade de Diadema à noite, segundo Benedito Mariano. O episódio irritou ainda mais parlamentares, que promoveram manifestações no local e conseguiram a adesão pública de deputados estaduais com base em outras cidades, como Thiago Auricchio (PL), Teonilio Barba (PT) e do federal Alexandre Leite (DEM).  




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