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Ribeirão Pires espera R$ 730 mil da União para bancar leitos de UTI
Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
16/03/2021 | 05:54
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DGABC


O governo do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), renovou expectativas de receber do governo federal ajuda financeira para custear o hospital de campanha da cidade. Além de o sistema beirar o colapso, o município tem alertado para dificuldades em arcar sozinho com a manutenção do equipamento, já saturado, com 100% de ocupação e mortes na fila de espera.

A gestão Volpi aguarda o repasse da União na ordem de R$ 730 mil para custear 17 leitos destinados a pacientes com Covid na cidade. A transferência se arrasta desde dezembro e, ontem, o município considerou que a promessa foi “reconhecida” pelo governo federal depois de o Fantástico, da TV Globo, mostrar que o Ministério da Saúde se comprometeu a efetivar o repasse adicional ao município.

No sábado, o Diário noticiou que a União autorizou ajuda na ordem de R$ 7,7 milhões por mês para custear leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Grande ABC, incluindo Santo André, São Bernardo e São Caetano. O aval, no entanto, deixou de fora cidades que já registraram mortes de moradores com Covid à espera de vaga, como Ribeirão.

Ontem, Volpi voltou a cobrar ajuda externa e, de quebra, admitiu a possibilidade de decretar lockdown no município (leia mais na página 4 do caderno Setecidades). “A situação de Ribeirão Pires reflete a realizada de uma grande maioria dos municípios do Brasil, que, inclusive, tem posições econômicas inferiores à nossa. Então, a matéria do Fantástico deve ter ajudado aos governos federal e estadual ficarem preocupados. Não é possível que um País como o nosso, em um ano de pandemia, tenhamos trocado quatro ministros. Cada um com postura diferente. Estamos em zig-zag em relação à pandemia. E nós estamos sofrendo aqui embaixo”, criticou Volpi.

O Diário questionou o Ministério da Saúde sobre a promessa e a previsão para o pagamento do repasse a Ribeirão e a outras cidades do Grande ABC que ficaram de fora da transferência autorizada na semana passada. A pasta, porém, não respondeu aos questionamentos. O setor passa por nova instabilidade depois da demissão do ministro Eduardo Pazzuello e a confirmação do médico Marcelo Queiroga para o posto, o quarto chefe do ministério desde o início da pandemia.

Do total liberado pela Saúde, R$ 1,53 milhão serão destinados para Santo André manter unidades no CHM (Centro Hospitalar Municipal); outra fatia de R$ 4,27 milhões, será enviada para São Bernardo custear leitos nos hospitais de Urgência e de Anchieta. Já São Caetano será contemplada com R$ 1,92 milhão.  




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