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Morte pela Covid-19 sobe 55% em 14 dias

Média de perdas diárias na região saltou de nove para 14 nesta semana; total é de 2.490 óbitos

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
27/09/2020 | 00:01
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Pixabay


A média diária de mortes causadas pelo novo coronavírus no Grande ABC subiu pela segunda semana consecutiva. Nos sete dias encerrados ontem foram 97 vítimas, média de 14 perdas a cada 24 horas, 55,5% mais do que há duas semanas, quando nove pessoas faleceram por dia, totalizando 60 no período. Os dados são dos boletins epidemiológicos divulgados pelas prefeituras.

Em relação à semana imediatamente anterior, quando ocorreram 84 mortes, ou 12 por dia, a alta foi de 16,6%. A região está na contramão do Estado, onde o número de óbitos na última semana chegou ao menor patamar desde maio, com a confirmação diária de 171 vítimas, 4% menor do que há 14 dias. A redução traz otimismo ao governo de João Doria (PSDB), pois indica que São Paulo está chegando ao platô, ainda que algumas regiões, como a de Franca, no Interior, estejam em fase mais crítica da pandemia.

Atualmente, todas as cidades do Estado estão na Fase 3 (amarela) do Plano São Paulo, projeto que determina os protocolos de retomada da economia. Até o início do mês, a reclassificação dos municípios ocorria a cada 15 dias. Porém, Doria anunciou no dia 11 que as mudanças serão feitas mensalmente, assim, a próxima análise deve ser em 9 de outubro. Apesar de o Centro de Contingência considerar diversos fatores, como disponibilidade de leitos, o incremento do número de mortes coloca o Grande ABC em alerta para regredir de fase.

Considerando a média dos últimos 14 dias, de 13 mortes diárias, a região deve atingir a marca de 3.000 perdas para o novo coronavírus em 39 dias. As sete cidades chegaram a 2.000 falecimentos em 19 de agosto. E, até ontem, contabilizavam 2.490 óbitos. 

Vale lembrar que a data em que o óbito é divulgado não é a mesma em que a morte aconteceu. Por exemplo, na quarta-feira, Ribeirão Pires confirmou sete falecimentos, sendo que um ocorreu em maio, um em junho, quatro em agosto e uma neste mês. A demora pode acontecer por causa do tempo para a confirmação da Covid-19 ou, ainda, porque o morador pode ter falecido em hospital de outra cidade e a atualização ocorre apenas quando o caso é disponibilizado à Prefeitura do município de residência.

AGLOMERAÇÃO

Em razão do tempo quente e firme ontem, praias voltaram a apresentar aglomeração de banhistas. Em São Paulo, na Praia Grande, em Ubatuba, visitantes descumpriram a recomendação dos órgãos de saúde e não utilizam máscaras. No Rio de Janeiro, a Praia do Forte, na Região dos Lagos, também teve aglomeração. Equipes da prefeitura observavam o movimento, mas não abordaram os frequentadores.

Em São Bernardo, a Prainha do Riacho Grande está com a faixa de areia interditada justamente para evitar cenas como as observadas no Litoral. Na tarde de ontem, em que a temperatura bateu 30°C, a equipe do Diário esteve no local e verificou que as barreiras impostas pela Prefeitura impediram a circulação de banhistas. Os quiosques, que podem funcionar normalmente, estavam movimentados, porém, sem aglomeração.

Grande ABC chega a 63.794 casos

As prefeituras do Grande ABC contabilizaram ontem 197 casos e dez óbitos pelo coronavírus, atingindo 63.794 diagnósticos e 2.490 falecimentos, distribuídos em São Bernardo (28.132 infectados e 897 mortes), Santo André (17.756 casos e 562 falecimentos), Diadema (8.151 positivos e 438 perdas), Mauá (4.477 confirmações e 294 óbitos), São Caetano (3.595 casos e 194 mortes), Ribeirão Pires (1.118 infectados e 81 falecimentos) e Rio Grande da Serra (565 contaminados e 24 perdas).

SÃO PAULO

No Estado, foram confirmadas 186 mortes pela Covid-19 ontem, totalizando 35.063 vítimas, e 5.967 casos, somando 970.888 resultados positivos. 

As 645 cidades paulistas registram ao menos uma confirmação, enquanto 567 contabilizam ao menos um óbito. Ao menos 823.720 pessoas já foram recuperadas.

O total de infectados no País é de 4.717.991, segundo o Ministério da Saúde. Destes, 141.406 morreram e 4.050.837 se recuperaram. Até ontem, 525.478 brasileiros seguiam em acompanhamento.




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