Na tarde de ontem, o morador do bairro Boa Vista, em São Bernardo, André Filype Iglesias Gonçalves, 24 anos, morreu, após acidente envolvendo duas motos aquáticas, na Estrada Henrique Rosa, no jardim Tupã, também na cidade. Segundo informações iniciais, André estava em um veículo com um amigo, Thyago Adanno Gomes dos Santos, 34, quando foram atingidos por outro veículo aquático, onde estavam Amanda Naruna Anzai, 26, que pilotava a moto aquática sem habilitação e sua amiga, Gabriele Andrade Lopes, 22. André morreu no local e Thyago foi socorrido inconsciente e com uma fratura na perna. 

O veículo que estava Amanda pertence a uma outra pessoa que também estava no local, identificado como Henrique Almeida, mais conhecido como DJ Henrique de Ferraz, cantor de funk, que logo também prestou depoimentos. De acordo com o BO (Boletim de Ocorrências) do caso, Thyago foi socorrido e encaminhado ao Pronto Socorro Central, do município, e relatou que estava "na garupa do jet sky", quando uma embarcação se aproximou em alta velocidade na mesma direção. André, que não sobreviveu ao acidente, tentou desviar mas não conseguiu evitar a colisão. 

Amanda, que provocou o acidente, ao ser questionada, não soube explicar as circustâncias em que teria acontecido o acidente. Ambas as mulheres do veículo não sofreram lesões. Além disso, as motos aquáticas foram apreendidas e diante pagamento da fiança, que não teve valor divulgado - Amanda, indiciada, vai responder em liberdade. 

O caso foi registrado no 3° DP (Distrito Policial), de São Bernardo.

A Prefeitura de São Bernardo foi questionada sobre o caso, a fiscalização de aglomerações e aos condutores de motos aquáticas sem habilitações, mas ainda não respondeu sobre o ocorrido. 

CASOS

A Estrada Henrique Rosa, no jardim Tupã, fica próximo a região pós-balsa, em São Bernardo. Conforme já noticiado pelo Diário no início do mês de junho, a Prefeitura estava limitando, desde maio, o acesso à Balsa João Basso, em Tatetos. A restrição gerou polêmica, mas foi um pedido dos próprios moradores, que viram aumentar o número de visitantes durante a pandemia, no momento em que as autoridades pedem que as pessoas fiquem em casa.

Porém, apesar dessa restrição, no início de julho, a equipe de reportagem flagrou pessoas circulando na Prainha do Riacho Grande, ainda que a quarentena por causa da pandemia da Covid-19 siga em vigor até o dia 30, como foi decretado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Crianças circulando e brincando sem máscara de proteção, dezenas de adultos conversando com a falta do equipamento de segurança sanitária e sem distanciamento foram algumas das situações observadas. Teve até quem tirou a moto aquática da garagem para um passeio na Represa Billings, além dos que entraram na água para se refrescar.

Em março, a Prefeitura de São Bernardo decretou restrição de acesso de moradores à Prainha do Riacho Grande por tempo indeterminado, como medida para combater o contágio e a transmissão do novo coronavírus. Agora, com o Grande ABC na fase amarela do Plano São Paulo de reabertura da atividade econômica, já podem funcionar estabelecimentos como restaurantes e bares, por exemplo – com horário e capacidade reduzidos. O uso da máscara de proteção é medida obrigatória, seja nos comércios ou em locais públicos, assim como pede-se distanciamento social. A equipe do Diário não notou fiscalização da administração municipal no local no começo da tarde de ontem.