Esportes Titulo Mudanças
Brunão pode ter gramado sintético

Prefeitura estuda instalar tapete artificial após desmontagem do hospital de campanha

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
19/07/2020 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


O Estádio Bruno Daniel vem servindo há quatro meses como hospital de campanha para tratamento de pacientes com Covid-19. A pandemia, primeiramente, suspendeu a reta final do Campeonato Paulista. E toda a situação, mesmo mais de 120 dias depois, ainda impede que o Santo André possa jogar seu último compromisso pelo Paulistão como mandante em casa – tanto que a partida diante do Ituano, domingo, foi transferida para o Canindé, da Portuguesa, na Capital (sem a presença de público). Durante a semana, o prefeito Paulo Serra (PSDB) anunciou que a estrutura montada na praça esportiva andreense poderá ser desmontada no próximo mês e, com exclusividade ao Diário, anunciou que a próxima vez que o Ramalhão utilizar o local, poderá ter um piso sintético no lugar da grama natural, a exemplo de Allianz Parque, Arena da Baixada e até mesmo do Baetão, em São Bernardo.

“A gente está avaliando inclusive transformar e colocar gramado sintético. É um dos projetos, está bem adiantado com a diretoria. Não tem data para (desmontar) o hospital de campanha. A gente vai agir com muita cautela, muita segurança. Se os números continuarem assim, a gente acredita sim que no mês de agosto possa começar a desmobilização. A desinfecção é processo muito simples e aí a gente entraria até o fim do ano com o gramado sintético para no ano que vem o Brunão estar restabelecido. Essa é a ideia dentro do calendário do próprio Esporte Clube Santo André”, declarou o prefeito durante justamente a entrega do reformado campo do EC Jardim Stella, um dos oito campos da cidade a ser contemplado com um tapete de grama artificial para receber tanto a várzea municipal quanto trabalhos sociais. 

Esta possibilidade de mexer no piso do Brunão é vista com bom olhos por aquele que mais faz uso do local, desde 14 de dezembro de 1969, caso do EC Santo André. De acordo com o presidente Sidney Riquetto, a alternativa é boa, mas faz uma ressalva. “Enxergo com grande alegria. Não tivemos comunicação oficial, mas se realmente for oficializado para o Santo André será excelente. O gramado sintético, desde que atenda os requisitos da Fifa e da Federação, vai ser o futuro do futebol. Quer queira ou não, teremos em breve maior número de gramados sintéticos do que grama natural, pela qualidade, pelo baixo custo de manutenção com relação ao natural, não teremos desgaste. Para nós, seria excelente. Não tenho objeção nenhuma”, explicou.

Além disso, a instalação do tapete artificial faz com que o Ramalhão tenha uma grande economia, já que todo ano realizava troca do gramado e ainda fazia a manutenção mensal – inclusive investiu R$ 120 mil no fim de 2019 na compra de maquinário para deixar o campo nas melhores condições para que o time pudesse realizar alguns treinos e mandar suas partidas. Atualmente, o time (como uma das contrapartidas para a utilização) gasta entre R$ 180 mil a R$ 200 mil por ano nos procedimentos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;