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TCE lista 22 obras atrasadas no Grande ABC

Ao todo, intervenções somam investimento de R$ 211 mi; R$ 107,9 mi já foram depositados

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/06/2020 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


Relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontou a existência de 22 obras paradas ou atrasadas no Grande ABC, com intervenções que somam R$ 211,2 milhões. Desse total, R$ 107,9 milhões foram pagos pelas administrações municipais às empreiteiras contratadas.

Segundo listagem da corte, são três obras atrasadas em Santo André, seis em São Bernardo, três em Diadema, quatro em Mauá, cinco em Ribeirão Pires e uma em Rio Grande da Serra – São Caetano não aparece no cômputo.

Entre as obras paradas estão a construção do centro de triagem em Diadema; contenção de encostas às margens do Rio Tamanduateí e no Jardim Rosina, além de drenagem na Avenida João Ramalho, em Mauá; instalação de laboratório de análise de emissão de ruídos, centro de canoagem (no Parque Estoril), infraestrutura no Monte Sião, reforma do centro esportivo na Vila São Pedro e abertura do CEU (Centro de Educação Unificado) no Jardim Silvina, em São Bernardo.

Já as intervenções atrasadas apresentadas pelo TCE foram urbanização do loteamento Iguassu e recuperação de condomínios para obtenção de AVCB (Auto de Vistoria de Corpo de Bombeiros), em Diadema; urbanização de unidades habitacionais no Jardim Oratório, em Mauá; construção do CIE (Centro de Iniciação ao Esporte), instalação de cobertura de quadra nas escolas municipais Yoshihiko Narita e João Midola, conclusão de pavimentos no Hospital Santa Luzia e abertura de UBS (Unidade Básica de Saúde) no Parque Aliança, em Ribeirão Pires; implementação de corredores exclusivos de ônibus em Rio Grande da Serra; urbanização no Jardim Irene, no núcleo Espírito Santo e no núcleo do Jardim Cristiane, em Santo André; e construção do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Silvina, em São Bernardo.

Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que herdou 20 obras paradas e que iniciou ação de resgate do trabalho. A urbanização nos núcleos do Jardim Cristiane e Espírito Santo teve, segundo o Paço, calendário alongado devido à pandemia de Covid- 19 – as intervenções no primeiro bairro devem terminar em dezembro e as do segundo bairro, em janeiro. Sobre a regularização do Jardim Irene, o Paço disse que as chuvas do ano passado prejudicaram os serviços e foi preciso realinhar o contrato junto à Caixa. A previsão de entrega é para março de 2021.

O governo de São Bernardo destacou que periodicamente esclarece a situação das obras ao TCE e que já informou à corte que concluiu o CEU do Jardim Silvina e o laboratório de análise de emissão de ruídos. Sobre o Caps, a gestão detalhou que recebeu do Ministério da Saúde apenas 60% do valor acordado e que está no aguardo de aval sobre aditivo solicitado. A respeito do centro de canoagem, o Executivo disse ser projeto do governo anterior, que era para ter sido entregue em 2016.

A Prefeitura de Diadema também relatou que obras entregues foram inclusas na lista do TCE, como as intervenções no loteamento Iguassu. Sobre os serviços em conjuntos habitacionais em Diadema, a gestão citou que são prédios da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), assim, sob responsabilidade do Estado. “Com relação à construção da central de triagem Chico Mendes, informamos que a obra foi cancelada.”

“As obras das quadras das escolas municipais Yoshihiko Narita e João Midola; do Centro de Iniciação ao Esporte do Jardim Serrano; e da UBS do Parque Aliança estão em andamento, mas dependem da liberação de recursos para que avancem e sejam concluídas”, disse a Prefeitura de Ribeirão Pires. Sobre o hospital, o governo informou que já solicitou aumento de aporte para conclusão da intervenção ao Estado e à União.

As demais administrações não responderam aos questionamentos do Diário. 




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