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São Caetano põe a mão na taça dos Jogos Abertos
Por Bianca Daga
e Nilton Valentim
13/11/2010 | 07:30
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 Demorou um pouco mais que de costume, mas São Caetano colocou ontem uma mão na taça dos Jogos Abertos do Interior. Para pegar de vez o troféu de campeão, nas contas dos dirigentes da delegação, basta apenas que as equipes que ainda seguem na disputa entrem em quadra, ou seja, o título somente será ameaçado em caso de WO (falta), pois nessa situação a modalidade deixa de pontuar.

Os Jogos Abertos terminam amanhã e São Caetano ainda está na disputa do atletismo - e deve confirmar o ouro, já que é representado pela BM&FBovespa, com os principais nomes do País -, vôlei (masculino e feminino), futsal (masculino), kickboxing, xadrez feminino, luta olímpica e o futebol masculino, que hoje faz a final contra Pindamonhangaba.

Com tudo isso, o provável é que hoje o título já esteja definido, consagrando mais uma vez a cidade como a grande força esportiva do Estado - será a sétima conquista seguida, a 14ª da história e a 13ª nos últimos 14 anos.

Embora fosse considerada favorita antes mesmo do início dos Abertos, São Caetano dessa vez encontrou mais dificuldades que em anos anteriores. Tanto que, na quinta-feira, o secretário de Esportes, Mauro Chekin, havia destacado o equilíbrio dos Jogos. "As cidades se reforçaram mais, trouxeram muita gente boa para as disputas, atletas muito competitivos", afirmou.

SANTO ANDRÉ

Em terceiro na classificação da Segunda Divisão dos Jogos Abertos, Santo André vive a expectativa de ficar com uma das duas vagas do acesso e voltar a integrar o grupo de elite em 2010.

Para que isso ocorra, a cidade deverá ao menos manter-se na posição que está e torcer para que Mogi das Cruzes siga na liderança ou, no mínimo, na segunda colocação. Isso porque os mogianos irão receber os Abertos em 2011 e já têm vaga garantida na Primeira Divisão

 

 Amizade que resiste a golpes e agarrões

 Nas cinco vezes em que se enfrentaram desde 2008, eles precisaram esquecer a amizade e pensar apenas em vencer. Foi isso o que aconteceu mais uma vez ontem, em Santos, com Paulo Zakimi, de São Caetano, e Marcos Cavalcanti, da equipe anfitriã. Os dois haviam protagonizado a final do judô dos Abertos há uma semana e ontem ficaram cara a cara para decidir quem levaria o ouro na luta olímpica.

O placar está favorável ao atleta do Grande ABC, que conquistou o título nas duas ocasiões, sem contar o Campeonato Paulista, disputado em março, quando Paulo também levou a melhor contra o amigo santista. A primeira vez que os dois competiram não foi diferente: há dois anos, na edição de Piracicaba dos Abertos, o são-caetanense faturou a medalha de bronze na luta olímpica, deixando o quarto lugar para Marcos ou Pintor, como é conhecido.

Paulo tem 20 anos, cinco a menos que o competidor da cidade praiana. "Tenho orgulho dos meus resultados porque ele tem muita experiência e conseguir vencê-lo é bom sinal. Mas em momento algum tiro sarro só porque somos amigos. Não sou melhor ou pior que ele. Cada luta é uma luta, o resultado é consequência. Na hora do combate, precisamos deixar a amizade de lado e nos olhar como adversários, é assim que funciona", disse o atleta de São Caetano.

Sobre o fato de conhecerem bem os movimentos um do outro, os dois concordam que a falta de mistério pode atrapalhar mais do que ajudar. "É bom porque dá para pensar em estratégias antes, mas depende do momento", avaliou Marcos. "Por outro lado, do mesmo jeito que eu o conheço ele também me conhece. Então, não adianta nada, seria melhor se só eu soubesse o jeito dele competir", brincou Paulo.

Os amigos ainda se encontrarão muitas vezes no tapete para lutar. No entanto, pelo judô, a final dos Abertos foi a última já que, no fim do ano, o atleta de Santos encerrará a carreira na modalidade. (BD)

 

Ginástica de Ribeirão Pires importa atletas do Interior

 A cidade de Ribeirão Pires começou a trabalhar com ginástica artística há um ano e hoje a equipe é formada por cerca de 60 atletas, entre meninas e meninos. No entanto, por falta de investimento em aparelhos para treinos, nenhum deles chegou em nível de competição.

Diante da falta de opção, o município do Grande ABC foi representado nos Jogos Abertos de Santos por ginastas importados de Cruzeiro.

No local onde o grupo treina, há apenas plataforma para salto e tablado para solo.

A técnica Thais Assis Souza viajou para a Baixada Santista principalmente com o objetivo de observar e avaliar se os atletas de Ribeirão têm condições de evoluir a ponto de participarem de competições e, a partir da análise, convencer a administração municipal a financiar a compra de novos aparelhos.

"Assistindo às disputas, ficou claro para mim que tem muita gente boa comigo. São ginastas de 5 a 15 anos com muito talento, mas sem estrutura não tem como treinar o necessário. O caminho agora é conversar com a Prefeitura e negociar a verba porque queremos os ginastas da casa e não os de fora", destacou a treinadora.

Por enquanto, os três meninos de Cruzeiro que representam o município da região estão fazendo bonito. Gabriel Silva, Welly Silveira e Joel Ferreira estrearam pela equipe em julho, nos Jogos Regionais, e logo de cara garantiram classificação para os Abertos. (BD)




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