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Mercedes, em S.Bernardo, terá novos postos de trabalho
Wagner Oliveira
Enviado a Foz do Iguaçu
14/08/2010 | 07:06
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A fábrica de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz, em São Bernardo, está no limite da capacidade. Trabalhando em dois turnos, incluindo sábados e domingos, a unidade saltará de produção anual de 65 mil para 75 mil veículos neste ano. A boa notícia é que haverá novos postos de trabalho.

Cerca de 450 metalúrgicos mineiros estão sendo treinados na unidade do Grande ABC para começar a produzir o caminhão Actros em Juiz de Fora (MG) a partir do ano que vem. Lá deixará de ser montado o cupê CLC. Quando retornarem aos seus postos em Minas, a Mercedes-Benz pretende contratar mão de obra local para substituí-los.

Com o mercado interno de caminhões bombando - deverá atingir seu recorde histórico com 160 mil unidades em 2010 -, metalúrgicos de Juiz de Fora, além de receberem formação (já que só sabiam produzir carros), estão de fato colaborando na produção para que a Mercedes-Benz do Brasil dê conta da forte demanda.

Ninguém na indústria automobilística acredita que o mercado interno, principalmente de caminhões, vá se retrair nos próximos cincos anos - Copa do Mundo e Olimpíada puxarão obras de infraestrutura, setor em que caminhões e ônibus são indispensáveis. Por isso, é dada como certa a manutenção destes postos de trabalho na unidade de São Bernardo.

Para dar conta da expansão de vendas, incentivada pelo ausência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e juros baixos do Finame, a Mercedes-Benz vem realizando investimentos de R$ 1,2 bilhão para acomodar mais turnos, pessoal, peças e chassis nos pátios da fábrica de São Bernardo.

A empresa não informa quanto desse total de R$ 1,2 bilhão aplicará na cidade - a sua maior unidade de produção de caminhões fora da Alemanha. Diz apenas que os recursos são importantes para continuar seu projeto de expansão entre o Grande ABC e Juiz de Fora, onde a montadora vai concentrar a produção de veículos extrapesados.

Para o vice-presidente de vendas, Joachim Maier, a Mercedes-Benz já poderia estar na liderança da venda de caminhões, caso a montadora não tivesse saturação da produção no Grande ABC. "Mas, mesmo assim, vamos disputar até o final do ano (em busca da liderança)", disse durante a apresentação da linha Actros em Foz do Iguaçu (PR). A liderança do mercado é ocupada pela Man Latin America, que incorporou a Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Por enquanto importado da Alemanha, o veículo é oferecido em várias configurações. A novidade é o modelo 2546 LS 6x2, que chega em setembro. Os preços variam de R$ 370 mil a R$ 517 mil.

O presidente da montadora, Jürgen Ziegler, afirmou que a montadora está preocupada em ser líder na satisfação dos seus clientes. "Nossa posição de número um é sustentada em produtos desejados e crescimento robusto", disse.




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