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História do nosso mais antigo cemitério

O Cemitério da Vila Euclides, em São Bernardo, não foi o primeiro do Grande ABC, mas é o mais antigo

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
02/11/2010 | 00:00
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"Onde você vê a morte, alguém vê o fim e o outro vê o começo de uma nova etapa."

Fernando Pessoa, citado pela folhinha do Sagrado Coração de Jesus, 2010.

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O Cemitério da Vila Euclides, em São Bernardo, não foi o primeiro do Grande ABC, mas é o mais antigo em atividade. É do século 19. Começou a ser formado em 16 de outubro de 1892.

Sessenta anos depois, em 1952, o prefeito Lauro Gomes plantou várias magnólias na calçada entre as entradas principal e do Cemitério do Santíssimo. Uma delas, pelo menos, resiste e floriu totalmente na semana passada, como relatou à coluna antiga servidora pública que testemunhou o plantio das magnólias.

Foi também deste período da primeira gestão do prefeito Lauro Gomes que se introduziu no cemitério o costume de irradiar pelo serviço de alto-falante músicas clássicas quando dos sepultamentos. Canções nostálgicas que levavam um pouco de paz àqueles momentos difíceis.

Quem cuidava de pôr o disco a rodar numa vitrola instalada na administração do cemitério era o então administrador João Silvério da Silva, apelidado ‘João Gomes', o mesmo que compôs a música do Hino de São Bernardo; Luiz Rodrigues, que substituiu João Gomes, manteve o costume, que veio pelo menos até a década de 1980, para depois ser esquecido.

Hoje o Cemitério de Vila Euclides é tombado pela Prefeitura. Mas os túmulos mais antigos encontram-se abandonados, como denuncia um leitor. Voltaremos ao assunto.

ILUSTRAÇÃO

Em 1956, os dois principais sindicatos de trabalhadores de São Bernardo - moveleiros (hoje Construção Civil) e têxteis - se uniram e construíram um monumento aos operários no Cemitério de Vila Euclides. A inauguração ocorreu no 1º de maio daquele ano, com a presença das principais lideranças sindicais da época e o prefeito Aldino Pinotti. O mausoléu permanece no cemitério.

Crônica de Rudge Ramos

Texto: Antonio Carlos Ruz (Carlito)

Aos domingos, pela manhã, era comum irmos à feira na Avenida São João Batista ajudar a mãe a carregar as compras. A tarde era reservada para as matinês do Cine Boreal. Muito filme de faroeste. Ali assistimos Tarzan e outras aventuras. O local hoje está desocupado, e foi por um tempo um supermercado. Tempos maravilhosos de menino, no bairro dos Meninos.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 2 de novembro de 1980

Drama - No vaivém dos trens da Rede Ferroviária Federal, a população do Grande ABC vive diariamente verdadeira aventura, em vagões superlotados e sob um calor insuportável (reportagem de Roberto Gazzi, com fotos de Aidalvo Reis).

Grande ABC - O drama da falta d'água nos bairros.

Política - Meta do PMDB em 1982 será chegar ao poder.

Futebol - Os planos do EC Santo André para 1981.

Homenagem - Prefeitura de São Bernardo dá o nome de André Mussolino à Praça da Vila Rica. O homenageado foi servidor municipal e presidente da Sociedade Amigos de Eldorado, em Diadema.

EM 2 DE NOVEMBRO DE...

1890 - Falece, em São Paulo, o professor, escritor e filólogo Júlio Ribeiro. Numa de suas obras, o romance "A Carne", Júlio Ribeiro apresenta uma rara descrição da paisagem do Grande ABC vista da janela de um trem.

Crônica do

João Ramalho

Texto: Elza Zimbardi

"O tempo não pára. Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."

Mário Quintana

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O reencontro dos alunos da Escola João Ramalho foi um momento único, emocionante, indescritível. Agradeço Serginho Pires por ter me tirado do anonimato, buscando a volta ao passado e a Nair por continuar sendo uma batalhadora e vencedora mulher. Aos professores, nem sei o que dizer. Aguardem que as fotos estão lindas e ‘fofas', logo, logo, estarão no ar...

SANTOS DO DIA

Bárbara, Pápias, Tobias e Tomás de Walen. Na estampa, a representação do Dia de Finados.

Crédito da estampa: acervo Vangelista Bazani (Gili) eJoão de Deus Martinez.

Trabalhadores

1-11-1903 - Antonio Rufino. Natural de Pindamonhangaba (SP). Sócio nº 86 do Sindicato dos Químicos do ABC. Operário da Rhodia. Residia à Rua Amazonas, 9, em São Caetano

2-11-1924 - Maria José Baltazar. Natural de Teixoso, Portugal. Empacotadora da Atlantis. Residia à Rua Uruguai, 329, Parque das Nações.

HOJE

Dia de Finados ou dos Fiéis Defuntos

Dia Internacional da Abolição da Escravatura

Dia Nacional das Relações Públicas

Dia da Astronomia

Falecimentos

A família Tacelli tem história em Barretos. Floriano Tacelli, o patriarca, foi quem inaugurou e manteve a primeira 'jardineira' da cidade, um daqueles modelos pioneiros de ônibus que fazia o transporte coletivo no início do sistema de automotor entre nós.

Maria Borin, esposa de Floriano, lavava roupa para fora, mantendo em sua casa aqueles tanques antigos que hoje não se fabricam mais. Floriano e Maria casaram-se na Itália, vieram para o Brasil e aqui tiveram 13 filhos, entre os quais Jandira.

Jandira Tacelli casou-se em Barretos com o policial Orlando Marcondes, aposentado como 1º sargento da Polícia Militar. Ela teve uma vida muito sofrida. Lutou muito para criar os filhos e sempre foi muito ativa.

Marisa das Neves Marcondes, filha de dona Jandira, conta que a mãe gostava de cantar, era muito religiosa e foi filha de Maria no Interior. Contava causos e histórias aos filhos e netos. Tinha sempre um livro à mão. Lembrava das histórias que ouvia da mãe sobre o seu tempo de Itália.

O casal Jandira e Orlando Marcondes teve quatro filhos: Maria da Graça, Márcia de Lourdes, Marisa e Mara, que lhes deram seis netos e três bisnetos. E dona Jandira manteve o alto astral e carinho com todos até o fim: "Ela pertencia a um grupo de oração e quando já estava bem doente senhorinhas suas amigas rezavam por ela", acrescenta Marisa.

A família vive em Santo André desde 1975, entre as Vilas Assunção e Alzira. Sr. Orlando partiu há 16 anos; dona Jandira partiu agora, aos 85 anos. Estão sepultados no Cemitério do Curuçá.AM

SÃO CAETANO

Cemitério das Lágrimas

José Alves de Oliveira, 90. Natural de Guaranésia (MG). Dia 25.

Zaira Novo, 86. Natural de Ribeirão Preto (SP). Dia 26.

João Egrejas, 85. Natural de São Carlos (SP). Dia 24.

Carlota de Souza Oliveira, 83. Natural de Bica da Pedra (SP). Dia 25.

Olindo Bisacri, 80. Natural de Pindorama (SP). Dia 30.

Irineu Gonçalves, 80. Natural de São Paulo (SP). Dia 22.

MISSAS

Duas missas serão celebradas neste Dia de Finados no Cemitério das Lágrimas: às 9h e às 15h.




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