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Prefeitura apaga homenagens a títulos do Tigre do 1º de Maio

Parapeito da arquibancada recebeu tinta cinza antes de local sediar jogos da Copa São Paulo

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
06/01/2020 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Os torcedores mais atentos que estiveram no Estádio 1º de Maio na rodada inaugural do Grupo 29 da Copa São Paulo, sábado, foram surpreendidos com pintura de última hora no local, que escondeu escritas que homenageavam dois títulos conquistados pelo São Bernardo FC, a Série A-2 do Paulista de 2012 e a Copa Paulista, em 2013. Agora, no lugar, existe tinta cinza escuro e, em um dos lados, inclusive, a falta de uma demão permitia perceber que o trabalho foi feito às pressas, provavelmente porque a primeira partida no local, envolvendo São Paulo e Operário-PR, seria transmitida pela televisão em rede nacional.

Questionada pelo Diário, a Prefeitura justificou que a pintura foi feita porque o estádio não é mais administrado pelo São Bernardo FC. “O Estádio 1º de Maio é público e, desde 2018, vem sendo gerido pela administração municipal e não mais pelo antigo permissionário, o São Bernardo Futebol Clube. Desde então, o local vem sediando partidas oficiais de diversas outras equipes, que mandam jogos no espaço pela Copa São Paulo, por meio de pagamento de preço público para utilização do estádio – o que não ocorria anteriormente. Para garantir isonomia aos clubes que utilizam o local, as menções ao antigo responsável pelo estádio foram removidas, incluindo placas e publicidades nas áreas de camarotes”, explicou, em nota, a Secretaria de Esportes e Lazer.

O São Bernardo FC estava autorizado a administrar e utilizar o 1º de Maio até 2018, quando a Prefeitura iniciou processo de concessão para passar a gestão do local para a iniciativa privada. Como o tramitação foi vagarosa, a permissão foi prorrogada até julho de 2019, quando o local foi definitivamente lacrado. Assim, tanto o São Bernardo FC como o EC São Bernardo, os dois clubes ativos da cidade, passaram a pagar espécie de aluguel de R$ 6.000 por jogo ou R$ 1.000 por hora para treinar no local.

Já aprovado pela Câmara, o processo de concessão, que tem justamente as duas equipes da cidade como interessadas, segue tramitando na Secretaria de Esportes e Lazer, sem prazo para ser concluído. 




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