Na semana passada, Steinbruch vetou uma manobra do conselho de diretores que visava a sua demissao. "Os dois lados estao agora avaliando uma açao na Justiça, mas eu nao acho que ele vai sobreviver a essa disputa", disse uma fonte ao FT.
Steinbruch havia concordado com que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que ele controla, se retirasse da Vale do Rio Doce como parte de um acordo para encerrar uma complexa rede de participaçoes acionárias cruzadas entre as duas empresas.
Segundo analistas, a recusa de Steinbruch de deixar a empresa é motivada pelo preço que ele quer obter pela participaçao da CSN junto ao Bradesco ao fundo de investimentos Previ. Os dois sao os principais acionistas da CVRD. Em troca pela venda das açoes de Steinbruch na CRVD, Bradesco e Previ venderiam suas participaçoes na CSN.
Esse último confronto acontece após repetidas colisoes entre Steinbruch e os demais acionistas sobre a elaboraçao da estratégia básica da CRVD. Segundo analistas ouvidospelo FT, a saída de Steinbruch e a retirada da CSN significaria uma melhora para o gerenciamento da empresa no curto prazo. Mesmo assim, os críticos dizem que a perspectiva de dois fundos de investimentos administrarem a empresa gera outras preocupaçoes para o futuro.
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