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Partido de Mandela lidera eleições na África do Sul
10/05/2019 | 05:00
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Divulgação


O Congresso Nacional Africano (CNA), partido de Nelson Mandela, que governa a África do Sul desde 1994, caminha para uma vitória cômoda nas eleições legislativas realizadas na quarta-feira, indicam resultados preliminares de ontem. A eleição foi o primeiro grande teste do presidente Cyril Ramaphosa, que tenta dinamizar seu partido, abalado por escândalos de corrupção.

Apurados 72% das 23 mil seções eleitorais, o CNA tinha 56,9% dos votos e deve obter maioria absoluta no Parlamento. Mas, se a tendência se confirmar, o resultado significará um retrocesso para o partido, que recebeu 62,1% dos votos nas eleições de 2014. A popularidade do CNA caiu durante a presidência de Jacob Zuma (2009-2018), afetada por escândalos.

De qualquer forma, o CNA supera com folga a centrista Aliança Democrática, principal partido de oposição, que aparece com 22,2% dos votos. Em terceiro está o partido de esquerda radical Combatentes pela Liberdade Econômica, com 10% dos votos.

Os resultados confirmam a estabilidade do panorama político, mas também refletem um crescente desinteresse dos sul-africanos pela vida política, principalmente entre os 20 milhões de jovens. O índice de participação foi de 65,5%, muito abaixo do registrado em 2014 (73,5%).

Se a vitória da CNA for confirmada, Ramaphosa, no poder desde fevereiro de 2018, deve ser reeleito pelos deputados e tomar posse em 25 de maio para um novo mandato de cinco anos. Confiante, ele afirmou, na quarta-feira, que "os resultados da eleição representam um estímulo importante para os investidores", apesar dos problemas enfrentados pelo país, como desemprego, corrupção e pobreza.

As eleições coincidem com o 25º aniversário do fim do apartheid e das primeiras eleições livres no país, vencidas por Mandela, que fundou o CNA e liderou a luta contra o regime de segregação racial. O balanço de 25 anos de governo é ruim, com um índice de desemprego de 28,6%, casos de corrupção que envolvem a cúpula do partido e uma desigualdade crescente.

Ramaphosa prometeu que a África do Sul criará quase 300 mil postos de trabalho por ano. Para isso, ele pretende recuperar a confiança dos investidores para atrair receitas para o país. (Com agências internacionais)




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