Terceiro colocado na disputa ao governo do Estado, Paulo Skaf (MDB) declarou ontem apoio ao atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB), neste segundo turno do pleito, em confronto com João Doria (PSDB). O emedebista já realizou atividade conjunta com o ex-correligionário, na região do Alto Tietê. Paralelamente, frente suprapartidária no Grande ABC foi construída para fortalecer a aliança pró-França nas sete cidades.

A corrente a favor do projeto de reeleição do socialista tem sido liderada pelo presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (MDB), que é próximo de Skaf e que chegou a ser escalado como porta-voz de um eventual governo do emedebista, antes de domingo. “Por convicção e a pedido do meu amigo Paulo Skaf, que me ligou hoje (ontem) à tarde, eu, ao lado dos deputados (eleitos) Thiago Auricchio (PR) e Alex Manente (PPS) estamos organizando e construindo uma grande frente democrática, social e progressista em apoio ao governador Márcio França. A ideia é criar um arco político para elegê-lo e depois cobrar mais investimentos do Estado em nosso Grande ABC”, explicou o emedebista, ao emendar que integram a frente vereadores de partidos que estão no arco de alianças de Doria, como o PP. “Em São Caetano, além dos vereadores do PPS e PSB, já conversei com a bancada do próprio MDB, PP, PRB, PR e Patriota e estamos de coração aberto aos outros partidos das sete cidades. O Grande ABC merece o respeito e o investimento por sua grandeza. Estou motivado e otimista”, completou Pio.

CAMPANHA
França e Skaf fizeram campanha lado a lado em uma unidade do Sesi (Serviço Social da Indústria), em Suzano. “Se alguém tem dúvida em relação ao caráter do João Doria, é só perguntar ao Alckmin”, disse Skaf, citando também o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. “Meu voto será em Márcio França”, cravou.

O emedebista se referiu à reunião da executiva do PSDB realizada na terça, em Brasília, na qual o ex-governador criticou Doria. Skaf também afirmou que o ex-prefeito “ganhou dinheiro com o PT” e que os prefeitos e deputados do MDB vão apoiar França.

O candidato do PSB disse ter uma relação pessoal de afinidade com Skaf, afirmando que o emedebista entrou na vida pública por um convite dele, França. O governador aproveitou a ocasião para ressaltar diferenças em relação ao PT, mas se irritou quando perguntado em quem votaria para presidente no segundo turno. “Não vou votar no PT”, garantiu. (com Estadão Conteúdo)