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Onda de assaltos amedronta Vila Floresta
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
08/11/2011 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Portas e portões trancados com correntes e cadeados, moradores, comerciantes e frequentadores da Paróquia Jesus Bom Pastor atentos, além de casas à venda. Este é o cenário dos bairros Vila Floresta e Bom Pastor, em Santo André, locais onde furtos e roubos de carros, casas, estabelecimentos comerciais e pedestres, seja durante o dia ou à noite, passaram a ser constantes nos últimos meses.

"A violência sempre existiu, mas de uns meses para cá a situação está feia", comenta o dono de um estabelecimento comercial e morador da Vila Floresta há 35 anos Nelson Silva, 55 anos. Em um ano, o comerciante diz ter sido assaltado seis vezes. Ladrões têm como foco principal o caixa. No entanto, não dispensam aparelhos celulares dos clientes. "A gente acaba perdendo a freguesia. Perdi a conta de quantos carros estacionados na rua foram levados", destaca.

Nem mesmo a Paróquia Jesus Bom Pastor, na Rua Felício Pedroso, está a salvo dos criminosos. Assaltantes invadiram o local para roubar o dinheiro do dízimo há um mês. "A gente evita deixar portões abertos", diz um dos funcionários do local, Natalício Costa, 74.

Durante as missas, a ação dos ladrões é intensa. Roubos de estepes e aparelhos de som dos veículos que ficam estacionados na rua são frequentes. "Roubaram o estepe do meu carro há um mês aqui", conta o aposentado Paulo Justino, 78, morador do bairro Bom Pastor há 40 anos.

A dona de casa Luisa Angel, 58, conta que começou a pensar em mudar após ladrões terem invadido sua casa. "Sempre passo a corrente no portão para reforçar", diz a moradora do bairro há 38 anos.

SURPRESA

As reclamações dos moradores causam surpresa ao comandante da 1ª Companhia do 41º Batalhão de Polícia Metropolitano de Santo André, capitão Temístocles Telmo Ferreira. "As estatísticas mostram um furto a residência na Vila Floresta e um roubo a estabelecimento comercial no Bom Pastor em outubro", informa.

O baixo índice de registros das ocorrências, confirmado pelos moradores, dificulta a ação da polícia, segundo o capitão. "Quando os moradores não registram ocorrências não conseguimos ter o cenário real do bairro para definir nossa estratégia de atuação."




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