No encontro de Riacho Grande na Cantina do Aldo Rosa – em continuidade à série que iniciamos domingo – Bruna Bechelli Vertematti revelou um quadro triste: o sofrimento vivido por muitos da antiga Vila do Rio Grande. Quando ela era menina, a assistência social e a de Saúde eram mais falhas ainda num dos pontos mais distantes da região. Dona Bruna, que vai completar 88 anos no mês que vem, lembrou de outras passagens pouco comentadas e nos presenteou com muitas fotografias, todas inéditas.
A chegada do Papai Noel.
E um nome que não pegou: Lago Azul...
Depoimento: Bruna Bechelli Vertematti
Nasci aqui no Riacho onde tem a represa hoje. Lá embaixo. Era uma barroca. Meu pai havia construído uma casa de madeira ao lado do Rio Grande, onde morávamos. Minha mãe dizia:
– Não vão lá perto, que o rio corre e leva vocês embora.
Um dia meu pai começou a tirar as tábuas, pondo na carroça e levando para um ponto mais elevado. Minha mãe explicou:
– Vamos mudar para lá da Estrada do Mar. Temos que sair daqui. Tudo isso vai encher de água.
Saímos. Meu pai construiu outra casa de madeira, maior, na Estrada do Rio Acima. Lá funcionou o armazém e uma pensão. O pessoal que vinha do matão parava lá. Gente com febre amarela. Mulher que precisava dar à luz e não resolvia. Ficavam na pensão. Muitos morreram. Não havia recursos.
A Revolução (de 32), a Guerra (de 1939 a 1945). Passavam soldados por aqui. Eu tinha medo.
A lembrança boa foi a chegada do Papai Noel. Em determinado ano, meu pai trouxe bonecas (bonecões) de papelão para as filhas e sobrinhas e carrinhos para os meninos. Minha mãe recomendava:
– Cuidem das bonecas, mas nunca dêem banho nelas. Elas têm uma doença. Se derem banho, elas podem morrer.
Veio a Via Anchieta. A velha Vila do Rio Grande foi promovida a Distrito de São Bernardo. Deixou de se chamar Rio Grande (para não confundir com a Estação Rio Grande, de Rio Grande da Serra). Era para se chamar Lago Azul, mas o nome não pegou. Ficou Riacho Grande.
AMANHÃ EM MEMÓRIA
José Pereira Araújo, o Carolina: histórias do mais velho subprefeito
Diário há 30 anos
Domingo, 28 de agosto de 1988 - ano 31, edição 6843
Manchete – Constituinte aprova reforma tributária.
Política – Eleições municipais. Dobra o número de candidatos na região. 2.757 vão disputar as 137 cadeiras das câmaras municipais do Grande ABC. As sete prefeituras têm 43 concorrentes.
Memória – Fiesta Tradizionale di S. Bartolomeo.
Santos do Dia
Agostinho, bispo e doutor da Igreja (Tagaste, hoje Argélia, 354 - Hipona, Argélia, 430). Converteu-se em 287, em Milão. Durante 34 anos foi bispo em Hipona. Definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo, o pai do existencialismo cristão. Escreveu, entre outros, os livros “Confissões” e “Cidade de Deus”. Padroeiro dos teólogos, cervejeiros e impressores.
João III
Viviano
Em 28 de agosto de...
1893 – Criado o Museu Paulista, no bairro do Ipiranga, Capital.
1973 – Prefeitura de São Caetano entrega varrição de ruas a mulheres; é o primeiro município do Grande ABC a adotar mulheres para este trabalho.
São Caetano escolhe o desenho de Ronaldo Gonzaga Alvarenga, de São Paulo, como o vencedor do concurso de logotipos da prefeitura. Slogan: “Cidade Nova”.
Hoje
Dia do Avicultor e da Avicultura
Dia Nacional do Voluntariado
Dia Nacional do Bancário
Municípios Brasileiros
Celebram seus aniversários em 28 de agosto:
Em São Paulo, Itararé e Tupi Paulista
Em Minas Gerais, Araguari
No Rio Grande do Norte, Augusto Severo
Em Alagoas, Belém e Lagoa da Canoa
Em Sergipe, Capela e Itabaiana
Em Santa Catarina, Guaramirim
No Pará, Moju
No Ceará, Palmácia
Na Bahia, Rio de Contas e Ruy Barbosa
Fonte: IBGE
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