Memória Titulo
Apresentamos o gerente das obras do Centro Cívico

Paulista de Jaboticabal, o engenheiro civil Takashi Marufuji (turma de 1962 da Escola Politécnica da USP, a Poli)

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
09/04/2011 | 00:00
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Paulista de Jaboticabal, o engenheiro civil Takashi Marufuji (turma de 1962 da Escola Politécnica da USP, a Poli) tem um papel relevante na história hodierna de Santo André: foi ele quem, a pedido do prefeito Fioravante Zampol, gerenciou as obras do Centro Cívico, de 1966 a 1969.

Ou seja: Takashi acompanhou as obras desde a primeira estaca até a transferência dos setores municipais para o Paço, edifício da Câmara, Educação, biblioteca. Mais ainda: guardou muitas fotos do andamento das obras, 13 das quais repassadas à Memória. Verdadeiras preciosidades.

Durante a semana, Takashi Marufuji retornou ao Centro Cívico e foi fotografado por Orlando Silva, numa repetição de outra foto, do então gerente Takashi, feita há mais de 40 anos tendo ao fundo as obras da Câmara Municipal e do prédio da Educação.

"Ao ser contratado, me entregaram as plantas do Centro Cívico. Levei para casa, estudei e começamos, desde a terraplenagem até a ocupação dos imóveis", relembra Takashi.

O gabinete do prefeito Zampol ficava na Praça do Carmo, mas ele estava sempre nas obras do Centro Cívico. Despachava no escritório de Takashi Marufuji, a partir das 7h. Ali recebia o seu secretariado. Aparecia inclusive aos sábados e domingos. Ou então passava na casa do engenheiro Takashi para visitar obras.

SANTO ANDRÉ
Takashi trabalhava em grandes obras em Santa Catarina, mas sua noiva, e depois mulher, Massako Tiraiama, morava em Santo André. Graças a isso, ele mudou-se para cá e nunca mais deixou Santo André, terra dos seus quatro filhos, Claudia, Magali, Mauro e Cristina, e três netas, Júlia, Natália e Fernanda.

CENTRO CÍVICO
Com projeto de Rino Levi e Burle Marx (paisagismo), as obras do Centro Cívico foram executadas por duas construtoras de São Paulo, Ribeiro Franco e Guarantã. A frente de trabalho era composta por mais de 200 operários, inclusive índios do Mato Grosso, como revelou Takashi Marufuji e como veremos amanhã.

AMANHÃ EM MEMÓRIA
Fotos inéditas da construção do Centro Cívico de Santo André, numa volta a 1966...

PASSEATA DO SILÊNCIO

De repente, um caixão começa a cair
Depoimento de Dario Bernardes Dias

Lembro da passeata, de um caixão caindo com a frente para o chão. Eu estava chegando. Peguei rápido e ergui. E lembro de um ‘maluco' com uma vela na mão, vela acesa. São lembranças que tenho da Passeata do Silêncio.

SUBSÍDIO
O ônibus que levou Enio Campoi ao Centro de São Caetano, em 1961, era uma jardineira Studebaker, laranja, da década de 1950. Posteriormente o veículo foi comprado pelo Sr. Jorge, que possuía uma outra jardineira, esta Mercedes-Benz, que também fazia o transporte para a Cerâmica São Caetano.

O Sr. Jorge morava na Rua Engenheiro Rebouças. Era cunhado do Dr. Antonio Russo. A jardineira foi desmanchada, mais tarde, e ganhou a carroceria de um caminhão.

Ângelo Gomes Clementino

NOTA
Memória está recapitulando momentos da Passeata do Silêncio, movimento estudantil que mexe com a São Caetano de 1961, em protesto contra o ato dos vereadores que quiseram aumentar seus subsídios. Gravamos, em mesa-redonda, depoimentos de 13 ex-estudantes que participaram da passeata realizada há meio século. A série prossegue.

Domingo, 9 de abril de 1961 

Manchete - Decidido o aumento aos motoristas de praça de Santo André

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Quinta-feira, 9 de abril de 1981

Manchete - Macedo (Murilo, ministro do Trabalho) diz que há sobra de empregos

Justiça - Andreense Cid Flaquer nomeado ontem ministro do Tribunal Federal de Recursos, em Brasília.

Ribeirão Pires - Valentino Redivo, vereador falecido há seis meses, ganha busto na Apae.

Futebol - Amistoso no Bruno Daniel: ontem à noite, Santo André 3, Portuguesa Santista 0.

EM 9 DE ABRIL DE...

1931 - Prefeitura de São Bernardo firma contrato com o construtor Rodolpho Tartari para a pavimentação, com paralelepípedos, de trecho central da Rua Marechal Deodoro, na Vila de São Bernardo. Era a primeira via urbana da região a contar com o melhoramento.

1976 - Prefeito Amaury Fioravanti inaugura o Paço de Mauá. 

Trabalhadores

Nascem em 9 de abril:

1917 - Floriano Rossi, de Bocaina (SP). Operário da Rhodia.

1937 - Rosa Fávero, de Guaranésia (MG). Funcionária da Rhodia. Residia na Vila Alpina.

MUNICÍPIOS PAULISTAS

Mogi Guaçu. Elevado a município em 9 de abril de 1877, quando se separa de Mogi Mirim.

Cubatão, Conchal e Pedro de Toledo. Criados em 1948 e instalados em 9 de abril de 1949. Cubatão separa-se de Santos, Conchal de Mogi Mirim e Pedro de Toledo de Miracatu.

HOJE

Dia Nacional do Aço e Dia da Biblioteca.

SANTOS DO DIA

Acácio, Demétrio, Maria de Cleofas e Valtetrudes.

Santa Maria de Cleofas viveu no século 1 e é considerada a tia de Jesus, irmã de Maria (mãe de Jesus) e casada com Cleófas.

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site:www.paulinas.org.br.

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Gilmar Novais Gomes, 55. Natural de Presidente Wenceslau (SP). Dia 6, em São Bernardo. Cemitério Santo André.

SÃO BERNARDO

Valdete Bispo dos Santos, 70. Natural de Curuçá (BA). Anteontem. Cemitério dos Casa.

Francisco Fidel Domenes, 76. Natural de São Paulo, SP. Anteontem. Cemitério de Vila Mariana, Capital.

Ilda Dozolina Furkin, 61. Natural de Porto Vitória (PR). Anteontem. Cemitério dos Casa.

Aldomir Grotti, 61. Comerciante, filho de Alfre Grotti e Julia Marson Grotti, nascido em 16-5-1949. Anteontem. Cemitério de Vila Euclides.

Maria Dolores Serrano Martins Jerônimo, 58. Natural de São Paulo (SP). Anteontem. Cemitério da Paulicéia.

MAUÁ

Tercilia Barão Cameiro, 86. Natural de Pirajuí (SP). Anteontem, em São Bernardo. Cemitério Vale dos Pinheirais.

LUZIA NATALINA BELCARO CASTELLANI
(Arceburgo, MG, 22-4-1914 - Santo André 6-4-2011)

Filha dos lavradores Luiz Belcaro e Elvira Campana Belcaro, dona Luzia, ainda muito nova, casou-se com Ítalo Castellani e tiveram nove filhos. No início da década de 1940 mudaram-se para São Paulo, inicialmente no bairro do Brás, depois São Caetano e, em 1970, para Santo André, onde viveu até o fim de sua vida.

Sempre sorridente e muito caridosa, todos estavam sempre ao seu redor: familiares, amigos e os que tinham fome (havia sempre um prato de comida à espera de quem pedisse).

Costurar era sua paixão. Confeccionava, principalmente, vestidos para as netinhas. Benzedeira de fé inabalável, atraía gente de longe. Adorava festas, mas as juninas eram as preferidas e os quitutes mineiros eram sempre os mais esperados. Os biscoitos de polvilho, os paus a pique e as roscas doces nunca mais terão o mesmo sabor...

Dona Luzia parte deixando oito filhos, 18 netos, 18 bisnetos, muitos amigos e muita saudade.

Está sepultada no Cemitério das Lágrimas.

Texto: Denise Aparecida Refundini Castellani, nora




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