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Retirada de monumento de soviéticos provoca revolta na Estônia
Da AFP
27/04/2007 | 10:59
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Uma pessoa morreu e 43 ficaram feridas em enfrentamentos com a polícia na capital da Estônia, Tallin, na madrugada desta sexta-feira. A violência ocorreu durante uma manifestação de pró-russos que protestavam contra a retirada de um momento em memória dos soldados soviéticos, o que desagradou Moscou.

Os distúrbios explodiram quando cerca de mil manifestantes se reuniram no centro de Tallin para protestar contra o projeto de transferência. A polícia estônia usou jatos de água para dispersar a multidão.

Os jovens obrigados a abandonar a área do monumento atacaram vários comércios do centro da capital. Mais de 300 foram detidos durante as seis horas de enfrentamentos.

A vítima, identificada como um homem de 20 anos chamado Dimitri, aparentemente morreu vítima de uma facada.

"Não existe razões para estabelecer uma relação entre a morte de Dimitri e a ação da polícia", declarou a promotoria estônia.

O anúncio da transferência de um monumento do centro da capital para a periferia incomodou a Rússia, que o considera uma homenagem às pessoas que venceram o fascismo durante a guerra, enquanto que, para muitos estônios, trata-se de uma recordação dolorosa de quase 50 anos de ocupação soviética.

O presidente do Senado russo, Serguei Mironov, pediu nesta sexta-feira a ruptura das relações diplomáticas com a Estônia.

Estônia, ex-república soviética, se tornou independente de Moscou em 1991 e, em 2004, entrou para a União Européia e a Otan. No país, no entanto, continua vivendo uma importante minoria russa, que se instalou durante o período comunista.

Desde 1991, Moscou acusa o país de violar os direitos dessa minoria.

O governo estônio manteve uma reunião de emergência pela manhã e ordenou a transferência do monumento para um local secreto, diferente do previsto.




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