Setecidades Titulo Educação
Inclusão de alunos esbarra em falta de capacitação docente

Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania, realizada ontem em R. Pires, reforça a necessidade de formação profissional nas escolas

Por Juliana Stern
30/06/2018 | 07:00
Compartilhar notícia
André Henriques/DGABC


O avanço das políticas públicas voltadas à inclusão de alunos com deficiência na rede municipal depende da formação profissional. Isso é o que discutiu, ontem a nona edição da Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania, iniciativa do governo do Estado de São Paulo em Ribeirão Pires.

Durante o encontro, a secretaria de Educação, Inclusão, Cultura e Tecnologia da cidade, Flávia Regina Banwart e Silva, pediu auxílio do Estado para incrementar a formação de profissionais que lidam com a população com necessidades especiais, principalmente na Educação. 

O sistema educacional de Ribeirão é composto por 33 instituições de ensino, 7.738 alunos e 1.532 professores. Destes, apenas 18 PAIs (Professores de Apoio à Inclusão), profissionais que possuem formação especial para atender aos 280 alunos deficientes inclusos na rede. 

Para a secretária de Educação, uma das principais barreiras para que o município avance em questão de acessibilidade é a falta de preparo dos professores para lidar com crianças deficientes ou com dificuldade de aprendizado. “O profissional precisa conhecer quais as necessidades daquela criança e como incluí-la da melhor maneira nas atividades com os demais alunos”, diz. “Peço que ofereçam mais cursos de formação para que nossos profissionais estejam cada vez mais capacitados”, completa. 

Além dos PAIs, a rede conta com 16 salas de recurso multifuncionais – espaços que possuem equipamentos de informática, mobiliários e materiais pedagógicos voltados para o atendimento educacional especializado de crianças com deficiência ou dificuldade de aprendizado. 

Fora do sistema de ensino, o município dirige esforços para a inclusão no esporte com programas como o Lutando pela Educação, que oferece turmas de artes marciais gratuitas para crianças de 4 a 16 anos, incluindo uma classe para crianças com deficiências; e o Gol do Brasil, ministrado pela CBF, que abrirá vagas para crianças deficientes dentre os 200 alunos, de 6 a 13 anos, de três escolas municipais. 

A demanda por acessibilidade não se restringe à Educação. Segundo a secretária de Participação Acessibilidade e Inclusão Social Elza da Silva Carlos, a administração estuda oferecer oficinas de Libras para funcionários públicos que lidam diretamente com a população. A lei 10.436 reconhece a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais e, de acordo com o artigo 6º do decreto 5.296/04, garante atendimento prioritário por parte do poder público.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;