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Banca mantém tradição há 31 anos em Sto.André
Por Da Redação
31/10/2017 | 07:00
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 Genaro Cícero Amaro, 57 anos, é dono de banca de jornal na Avenida Itamarati, bairro Vila Curuçá, em Santo André, há 31 anos. Conhecido pelo amor à profissão de jornaleiro, ele se mantém fiel à tradição de vender apenas jornais e revistas no espaço, ofício que aprendeu com o pai. No entanto, para não ficar para trás, expandiu os negócios por meio de parceria com panificadora do mesmo bairro para que a venda dos itens seja feita também na padaria.

Ele revela que nunca havia pensado na possibilidade de ser jornaleiro, entretanto, foi convencido pelo pai, Romão Amaro, 83, que comprou uma banca na mesma via. Na época, Genaro era segurança de uma empresa privada. “Em 1984 ele comprou a banca e começou a me convencer. Em 1986 eu comprei, mas contei muito com a ajuda dele, que por toda a vida foi um homem de negócios. Este sempre foi um ponto bom, mas era bem pequeno. Com a experiência dele conseguimos fazer tudo certo.”

Desde então, Amaro descobriu sua verdadeira vocação. Com o tempo, aprendeu mais do que organizar os jornais e revistas que vende, a tratar os clientes com respeito, o que ele garante, é a melhor parte do negócio. “Me apego às coisas boas. Conversar com os clientes é o que mais gosto de fazer”, conta o morador do Jardim Rina.

Há 15 anos, a banca passou por uma ampliação. Mesmo período em que iniciou parceria com padaria localizada em frente. “Montaram uma estante bem bonita, então o pessoal que vai tomar um café lá, ou comer alguma coisa, já aproveita e compra uma revista”, destaca o jornaleiro.

Ele afirma que mesmo com a popularização da internet, que reduziu os leitores de publicações impressas nos últimos anos, conseguiu manter a tradição de não vender nada que fuja do nicho. “Ainda tem muita gente que lê jornal. Hoje eu vendo cerca de 50 unidades por dia. De domingo aumenta um pouco mais porque o pessoal gosta de ler jornal. Quando eu comprei aqui eram mais de 200 (exemplares) só do Diário”, relembra.

Entre um dos principais pontos positivos está a convivência com o pai, que ainda mantém banca de jornal na mesma avenida. Os dois almoçam e tomam cafés juntos, além de sempre trocarem experiências da profissão.

De domingo a domingo (segunda a sexta-feira, 5h30 às 20h e aos fins de semana das 5h15 às 16h) ele abre as portas. Genaro não pretende deixar o negócio e ainda não quer nem falar em se aposentar. “Me apego às coisas boas. Acho muito bom ficar aqui. Não fecho nem no Natal nem no Ano-Novo. Aproveito que a maioria (das bancas) está fechada e pego essa oportunidade. Gosto de atender as pessoas.”




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