Artigo

A vida em comunidade faz com que surjam parâmetros de conduta a serem seguidos, dotados de ética, respeitabilidade e solidariedade. Quem não adapta sua conduta aos ensejos sociais torna-se marginalizado. As igrejas evangélicas proporcionam a inclusão social do jovem à medida que o disciplina, semeando princípios desejáveis naquele que, segundo a comunidade evangélica, tem ao seu redor mundo repleto de apelos para o desfrute de coisas passageiras e dotadas de ilusão.

O elevado índice de alfabetização dos evangélicos é fator preponderante na inclusão social de jovens ‘protestantes'. A disciplina religiosa e a importância dada à Educação como alvos de ascensão social fazem com que os evangélicos sejam mais exigentes com o desempenho escolar de seus filhos. Mesmo quando pobres, 80% deles não admitem a hipótese de seus filhos adolescentes entre 12 e 17 anos deixarem de estudar para trabalhar. O índice de analfabetismo entre os evangélicos não chega a 10%; isso se dá em decorrência do costume da leitura diária da Bíblia. Insta salientar, também, que as editoras evangélicas são um ‘estouro empresarial', produzindo livros, revistas, bíblias e jornais.

Outro fator importante é a Escola Bíblica Dominical, que desperta a sede pelo saber bíblico nos que a frequentam, resultando em jovens preparados para solucionar os problemas que surgem no cotidiano. A socióloga Cecília Mariz defendeu em sua tese de doutorado, que a Escola Bíblica (dominical) é fonte de instrução vital e perpetua o hábito de leitura, enquanto que os programas de alfabetização dos governos se restringem a ensinar as primeiras letras. A doutora afirma que com os evangélicos o desinteresse pela leitura não ocorre.

Estudiosos dizem que ‘num país onde a Educação é uma desgraça', o costume protestante de promover a leitura cotidiana da Bíblia transformou-se numa verdadeira revolução educativa, gerando, assim, um ‘rebanho' ordeiro, trabalhador, que vem galgando a pirâmide social com velocidade assombrosa. Talvez isso explique por que o maior País católico agora é também o terceiro maior do mundo em número de protestantes.

Mário Martins dos Santos é jornalista, integrante da Associação Paulista de Imprensa, bacharel em Direito e professor de Filosofia na Rede Estadual de Ensino em Santo André.

PALAVRA DO LEITOR

O sobrinho

Causou-me no mínimo estranheza o sobrinho de Celso Daniel comparar a primeira gestão do prefeito Celso Daniel (morto em 2002) com a do atual prefeito. Talvez por ser novo à época o sobrinho confunde o conceito de aprendizado. Na primeira gestão do Celso não houve roubo de mala da Sosp, CPI dos Palhaços, Escândalo do Semasa, falta de água e de iluminação pública na cidade, destruição do Estádio Bruno Daniel, falta de planejamento (como símbolo máximo a reforma de viaduto que paralisou a cidade), máfia dos uniformes, perda de verbas por não apresentar projetos etc. Isso só para citar alguns dos casos que mais apareceram na mídia. Se esse era o estágio probatório, eu, como munícipe, não quero mais que ele seja efetivado no cargo.

Julio Cesar Santos Dall'Olio, Santo André

Lula tem razão

A respeito do comentário de Lula sobre o Mensalão e o Palmeiras, eu acho que ele estava correto. Se fizerem pesquisa, a maioria não está nem aí com o Mensalão, no que vai resultar, quem foi condenado, se vai cumprir a condenação. A maioria não se preocupa com o caminho percorrido pelos políticos brasileiros. Se assim o fosse, não veríamos mais a cara deles no meio político. O Lula, por exemplo, disse que não sabia que existia o Mensalão. Como, se o chefe da Casa Civil era o cara mais importante depois do presidente, Genoino era presidente do partido e Delúbio o tesoureiro? Depois disso, Lula foi eleito pela segunda vez, e será se concorrer novamente! Sabem por quê? Em terra de cego, quem tem um olho é rei! Salve o rei Lula! Ainda bem que eu já tenho um Rei: Deus.

Maria Helena dos Santos, Santo André

Pancadão

De que adianta pagar tantos impostos se na hora que mais precisamos os serviços do Estado são ineficazes? Tive prova disso quando solicitei por diversas vezes o serviço da Polícia Militar, no dia 13, na Vila Valparaíso, em Santo André, devido a um pancadão maldito, na minha rua à luz do dia, onde a maioria é de idosos. Som alto vindo de um carro, bebida alcoólica à vontade, drogas, menores de idade envolvidos, motos fazendo manobras radicais por menores e sem capacete etc. Por seis horas ininterruptas, os vidros da minha sala tremiam devido ao barulho, músicas com duplo sentido e mulheres gemendo. Pancadão pode ser feito assim, na rua? Não pagamos tantos impostos para pelo menos ter um pouco de sossego em casa? Domingo as calçadas estavam cheias de garrafas vazias, pipetas de drogas no chão, mau cheiro de urina etc. Será que realmente a polícia não poderia ter feito mais?

Cristiano Lopes, Santo André

Arbitragem

O isento e sem apaixonados STJD julgará o atleta do Flamengo que deu três chutes num adversário do time mineiro, caído! E, mesmo vendo, o árbitro nada deu? Júlio José de Melo, Sete Lagoas (MG)

Pé-frio

Li neste Diário que o governador Geraldo Alckmin virá a Santo André e Mauá neste segundo turno da eleição para reforçar as campanhas dos prefeituráveis Aidan Ravin e Vanessa Damo, respectivamente (Política, ontem). Li também que no primeiro turno ele só se apresentou em São Caetano, na campanha de Regina Maura, e em São Bernardo, apoiando Alex Manente. Como os dois anfitriões do governador foram fragorosamente derrotados no primeiro turno, já estou imaginando o que vai acontecer com Aidan e Vanessa após receberem a visita do governador pé-frio. Assim, os concorrentes Carlos Grana, em Santo André, e Donisete Braga, em Mauá, vão ter que prestar homenagens à sua excelência.

Alencar Marcon, Santo André