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Prefeitos paulistas sugerem Doria como presidenciável

Chefes de Executivo acreditam que tucano já se coloca como candidato ao Planalto em 2018

Por Raphael Rocha
Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
24/08/2017 | 07:00
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Prefeitos do PSDB entendem que o também tucano João Doria, que comanda a Capital, deve disputar a Presidência da República em 2018. O tema foi debatido, ontem, em reunião com o presidente interino da sigla, o senador Tasso Jereissati, realizada em Brasília.

Na visão dos prefeitos presentes ao evento, a disposição de Doria está clara pela movimentação do tucano, que tem viajado o País nas últimas semanas. Em seu giro pelo Brasil, João Doria fez questão de convidar outros políticos, alguns da região, como os prefeitos de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), que esteve em Palmas (Tocantins), de Diadema, Lauro Michels (PV), que foi para Natal (Rio Grande do Norte) e de São Caetano, o tucano José Auricchio Júnior, que viajou para Salvador, na Bahia.

Por outro lado, Tasso teria demonstrado preocupação no estremecimento da relação entre Doria e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também tem a intenção de ser candidato a presidente da República pelo PSDB.

O encontro realizado na Capital Federal teve a presença do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e de Auricchio, além de outros oito chefes do Executivo de todo o País, como Nelson Marchezan, de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Rui Palmeira, de Maceió (Alagoas) e Firmino Filho, de Teresina (Piauí). Havia também nomes paulistas, como Barjas Negri (Piracicaba), Duarte Nogueira (Ribeirão Preto), Felício Ramuth (São José dos Campos) e Dilador Borges (Araçatuba).

Para Morando, durante o encontro se debateu, principalmente, o processo de sucessão do comando da sigla. “Foi sacramentado o calendário de convenções do PSDB e ficou estabelecido definir o candidato a presidente da República depois deste processo, portanto, no ano que vem. Considero que tenhamos que definir isso antes do prazo de desincompatibilização do cargo. É uma proposta bastante razoável”, comentou.

Na visão de Auricchio, os prefeitos terão posição de destaque nos debates sobre o futuro da legenda. “Haverá um grupo de prefeitos que vai subsidiar a reprogramação partidária. Em outubro teremos as convenções municipais, em novembro as estaduais e em dezembro haverá a escolha da nova direção nacional. O Tasso pontuou para gente que quer fechar o candidato a presidente da República entre dezembro e janeiro, no mais tardar. Também vejo como prudente”, afirmou Auricchio.

Segundo o prefeito de São Caetano, Tasso também negou no encontro que tenha pretensões de postular candidatura ao comando do partido. “O Tasso colocou para gente que não tem esse desejo (de ser candidato a presidente do PSDB nacional na convenção de dezembro). Mas acredito que haverá uma aclamação por sua continuidade. Ele tem conduzido muito bem o partido nesse tempo”, completou o prefeito de São Caetano.

A permanência de Tasso Jereissati no comando nacional do PSDB tem sido alvo de ataques por parte de tucanos que apoiam o governo do presidente Michel Temer (PMDB), como o senador mineiro Aécio Neves, o governador de Goiás, Marconi Perillo, e os ministros das Cidades, Bruno Araújo, e de Governo, Antonio Imbassahy. 




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