Política Titulo Secretaria de Saúde
Sto.André fechou unidades sem licitação ou estudo de obras

Desde o dia 1º, sete equipamentos estão com
atendimento parado para execução de reformas

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
19/08/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Secretaria de Saúde de Santo André iniciou o processo de fechamento de sete unidades do município sem concluir os estudos para as obras de reforma e adequação dos equipamentos. Sequer colocou licitação na rua para contratação de empresa para executar os serviços.

Embora o atendimento nesses equipamentos tenha sido interrompido no dia 1º, até agora nenhuma intervenção física foi realizada nos locais. A Prefeitura de Santo André admitiu que faltam etapas de avaliação antes do começo das obras físicas.

“Todo o mobiliário, equipamentos e arquivo das unidades estão sendo removidos. Neste momento, a modernização das unidades entrou na fase de viabilidade das plantas das reformas pela Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos. Além disso, o estudo de infraestrutura para implantação da informatização está em fase final”, afirmou o governo, por meio de nota.

A administração andreense não divulgou os valores estimados para as obras nem se serão efetuadas pelo Departamento de Manutenção e Obras, setor da Pasta de Manutenção e Serviços Urbanos, responsável pela execução de projetos de engenharia. Esse departamento não possui capacidade para executar intervenções de grande impacto.

Até o momento, nenhuma licitação foi aberta pelo governo para o projeto envolvendo as unidades de Saúde. A Prefeitura colocou na rua ontem processo de contratação de empresa para serviços gerais de manutenção, adequação, reforma e adaptação em próprios municipais.

Comenta-se nos bastidores que se as intervenções forem feitas pela Prefeitura, correria-se o mesmo risco do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), que não conseguiu entregar pacote de obras na área da Saúde, no valor de R$ 30 milhões. Na ocasião, o governo anunciou a construção de unidades básicas e outros equipamentos e encerrou a gestão sem terminar nenhum dos empreendimentos.

Fechados desde o início de agosto, os equipamentos de Saúde devem ser reabertos, de acordo com a gestão Paulo Serra (PSDB), entre maio de 2018 e janeiro de 2019.

Já o PA (Pronto Atendimento) Bangu, que está fechado desde o ano passado, deve ser reaberto em abril do ano que vem. Por sua vez, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas Centro, que está fechada também desde 2016, vai virar USF (Unidade de Saúde da Família) e ambulatório de moléstias infecciosas, tem prazo de reabertura para maio de 2018.

Nesta semana, a oposição ao governo na Câmara anunciou a intenção de pedir abertura de CPI para investigar o fechamento das sete unidades de Saúde. A justificativa para a medida seria a resistência da administração tucana em autorizar a ida da secretária da Saúde, Ana Paula Peña Dias, ao Legislativo. A base governista tem obstruído a pauta de votações da Casa praticamente desde o retorno do recesso, no dia 1º.

Neste período apenas um projeto foi votado e mais de 100 requerimentos não foram apreciados, entre eles a convocação do secretário de Gestão Financeira, José Grecco, para prestar esclarecimentos sobre a atualização da PGV (Planta Genérica de Valores). 




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