Com vistas ao bicentenário da Igreja do Grande ABC (1812-2012), Memória busca fotos e informações das nossas paróquias. Hoje, as paróquias de São Caetano. Colabore. Participe. Fale conosco.

(a) Memória

A formação religiosa de São Caetano assemelha-se à de São Bernardo. Origina-se na primeira metade do século 18 com a criação da Fazenda São Caetano, em terras do antigo Tijucuçu. Ali os monges do Mosteiro de São Bento criam uma comunidade formada por religiosos, índios e negros escravos.

O espaço da velha capela do atual bairro Fundação, sede da Fazenda São Caetano, foi também sede do Núcleo Colonial, habitado por italianos a partir de 1877. E em torno da antiga capela são feitas, ainda no século 19, as festas religiosas. Festas que já no início atraíam paulistanos, graças ao conforto do trem de ferro.

Hoje as duas mais antigas paróquias de São Caetano também são conhecidas como Matriz Velha - a do bairro Fundação - e Matriz Nova (Sagrada Família). E é na década de 1950 que a cidade recebe o maior número de novas paróquias, no auge do crescimento e formação urbanos.

Segue-se a lista das paróquias de São Caetano, cada uma devidamente registrada na Diocese de Santo André num trabalho da Irmã Wilma Carvalho, a nossa historiadora eclesiástica.

Na próxima semana - As paróquias de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

São Bernardo - Olegário José de Godoy, o Sorocabinha, será nome de uma escola na cidade, à Rua Tiradentes, 1.913, Vila do Tanque, a ser inaugurada amanhã, às 10h30. Com isso, o prefeito Luiz Marinho atende a mais uma solicitação da comunidade, via página Memória.

Sorocabinha fez dupla com Mandi (Manuel Rodrigues) e participou das primeiras gravações de músicas sertanejas no Brasil, em 1929. O filho Samuel reside há mais de 40 anos em São Bernardo e continua a fazer música. Maria Immaculada, filha, tem livro inédito sobre a história do pai Sorocabinha.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Quarta-feira, 18 de fevereiro de 1981

Manchete - No depoimento à polícia, Tieppo nega as acusações. O empresário era acusado de ter praticado o maior golpe no mercado de capitais do País até então.

São Bernardo - Desativação do Paço em estudos.

Carnaval 81 (Claudia Muller) - Acadêmicos de Vila Palmares e o canto Sonho de Liberdade, composto por Gonzaga e Gabu.

EM 18 DE FEVEREIRO DE...

1956- Prefeitura de São Caetano inaugura o Grupo Escolar Senador Roberto Simonsen.

MUNICÍPIOS PAULISTAS

Cajamar (que se separou de Santana de Parnaíba), Cândido Rodrigues (de Taquaritinga), Cássia dos Coqueiros (de Cajuru), Embu das Artes (de Itapecerica da Serra), Itapevi (de Cotia), Luiziania (de Braúna), Pardinho (de Botucatu), Peruíbe (de Itanhaém), Sagres e Salmourão (de Oswaldo Cruz), Sarutaiá (de Piraju) e Taguaí (de Fartura).

SANTOS DO DIA

Bernardete Soubirous, Cláudio, Flaviano, Heládio e Simeão ou Simão; João de Fiesole. São João de Fiesole. Sacerdote e artista italiano (1387 - 1455). Deixou pinturas importantes em várias igrejas de seu país.

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: paulinas.com.org.br .

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

José Rodrigues, 76. Natural de Presidente Bernardes (SP). Anteontem. Cemitério do Curuçá.

Maria Cecília Gouveia Fernandes Luis, 71. Natural de Portugal. Anteontem. Cemitério do Curuçá.

SÃO BERNARDO

Braz Pelegrino, 73. Natural de Presidente Prudente (SP). Dia 15. Crematório de Vila Alpina, Capital.

João José Jardim, 64. Natural de Condeuba (BA). Dia 15. Cem. dos Casa.

Gabriel Eduardo Varella, 60. Natural de São Paulo (SP). Dia 15. Cemitério dos Casa.

Renato Rodrigues Pereira, 60. Natural de Santo André. Dia 15. Cemitério Jardim da Colina.

Vera Lucia Filgueiras Fontes, 59. Natural de São Paulo (SP). Dia 15. Cemitério São Pedro, em Vila Alpina, Capital.

SÃO CAETANO

Alzira Alcon, 80. Natural de São Caetano. Anteontem. Cemitério de Vila Paula.

RIBEIRÃO PIRES

Mario Albano, 78. Natural de Santo André. Dia 12, em Santo André. Cemitério São José.

Missa - Vicente José da Costa (7º dia). Hoje, às 15h, na igreja São José, Vila Assis Brasil, em Mauá.

MOZART DA SILVA CALUNGA
(Raposos, MG, 14-9-1940 - São Bernardo 15-2-2011)

Durante anos o sobrenome Calunga despertou a curiosidade da família de Mozart da Silva Calunga. Calunga, qual a origem da palavra? Numa reportagem na TV, a resposta: trata-se do nome dado a uma tribo de escravos fugidios, o que justifica o fato de a mãe de Calunga contar que era filha de escravos.

Até os 30 anos Calunga viveu em Minas Gerais. Em 1970 muda-se para São Bernardo. Trabalha na Volkswagen, na Brastemp e faz carreira na Prefeitura, de guarda patrimonial a fiscal de posturas, com 28 anos de casa.

"Ele gostava demais de São Bernardo. Viu a cidade se transformar. Ajudava muito a todos. Quando moramos na Vila Alves Dias ele pertencia à sociedade amigos do bairro", conta a filha Pamela Fabiola.

"O Calunga trabalhou com meu pai, Julião Lopes Garcia, e comigo também na fiscalização da Prefeitura. Era uma pessoa muito boa", testemunha Edir Garcia, hoje no Serviço Funerário Municipal.

Mozart da Silva Calunga era filho de Joaquim da Silva Calunga e Zulmira Margarida Calunga. Parte aos 70 anos. Está sepultado no Cemitério do Baeta. Deixa a mulher Josefa Maria Josina de Souza Calunga, com quem se casou em São Bernardo, as filhas Débora Aparecida e Pamela, os genros Lindomar Paulo de Almeida e Fabio Vinicius Bernine; e os netos Luã Paulo, Lucas Mozart, Raquel Evelin e Mateus Vinicius.