O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), demitiu ontem Carlos Eduardo Rodante Corsi, que estava como diretor do CHM (Centro Hospitalar Municipal) desde o começo da gestão. Atual secretário adjunto de Saúde, Ricardo Macarini assume o posto.

Segundo o tucano, a saída de Corsi é decorrente de falhas de gestão no hospital público. “Trato a Prefeitura utilizando boas práticas do setor privado. O que não funciona tem de ser trocado. Não tenho nada contra o profissional, mas o resultado não vinha. Temos metas e objetivos que precisam ser cumpridos”, destacou o chefe do Executivo, ao Diário.

Nos últimos meses aumentou o número de denúncias de má gestão no CHM. Vídeos com pacientes em macas no corredor do complexo e reclamação de atendimento passaram a ser constantes nas redes sociais. Vereadores também reclamaram do diretor diretamente ao chefe do Executivo.

Um dos casos que repercutiram negativamente no CHM foi noticiado pelo Diário no fim de junho, quando uma criança internada no centro hospitalar andreense não conseguiu fazer cirurgia na Santa Casa de São Paulo por ter sido transferida com febre. Esse foi um episódio que desgastou Corsi junto ao alto escalão do governo.

“A escolha pelo doutor Macarini mostra que o governo está constantemente preocupado com a melhoria na Saúde. Escolhemos o adjunto do setor para cuidar de um equipamento estratégico na Saúde”, emendou Paulo Serra.

Macarini chegou ao governo em julho. Ele assumiu o posto de secretário adjunto de Saúde no lugar de Maria Bernadette Vianna, atual presidente da FUABC (Fundação do ABC). Ele atua como braço direito da atual secretária da Pasta, Ana Paula Peña Dias.

Localizado na Vila Assunção, o CHM realiza 120 mil atendimentos no ambulatório e 3.400 cirurgias ao ano. São 1.100 funcionários, sendo 520 na área de enfermagem, 250 no administrativo e 330 médicos, segundo o Paço. Atende 12 especialidades cirúrgicas e é referência regional em oftalmologia e neurocirurgia.

Especula-se que haverá troca de todo corpo diretivo do CHM a partir de segunda-feira, quando Macarini tomará pé oficialmente da situação. Informações extraoficiais dão conta de que seis funcionários mais próximos a Corsi serão transferidos, deixando espaço aberto para que o secretário adjunto de Saúde monte sua equipe de confiança.