Política Titulo Diadema
CPI da Contex recua sobre arquivamento da denúncia

Comissão convocará dono da empresa, o tucano Jerri de Souza, ligado a Zé Dourado

Por Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
04/08/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Relator da CPI da Contex na Câmara de Diadema, Orlando Vitoriano (PT) recuou da decisão de encaminhar o arquivamento das denúncias, que apuram possíveis irregularidades em contratos do governo Lauro Michels (PV) com firma de tucano ligado ao ex-vereador José Dourado (PSDB). O foco das investigações passará a ser justamente possível favorecimento ao empresário.

O petista confirmou que havia entendimento da comissão de que seria difícil apontar irregularidades no contrato do Paço com a firma Azyal Construções Civis (também conhecida como Contex) pelo fato de o objeto do convênio – reforma de telhados de ginásios municipais – ser genérico. A princípio, o objetivo era identificar se as coberturas foram realmente trocadas, mas o convênio não fala textualmente de “troca”.

Por outro lado, Vitoriano argumentou que o fato de o proprietário da firma contratada pela Prefeitura, Jerri de Souza (PSDB), ser filiado a partido próximo do governo e ter ligação com assessores do prefeito poderá mudar o desfecho da CPI. “A gente mudou de ideia (sobre o arquivamento). Agora queremos saber se a pessoa (Jerri) escolhida para prestar os serviços à Prefeitura é ilibada e se houve favorecimento pelo fato de ser filiado a partido que faz parte do governo”, explicou o petista.

De acordo com o relator, serão convocados para prestar esclarecimentos à CPI os secretários de Obras e de Esportes à época da assinatura do contrato: o atual vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV) e Antônio Marcos Ferreira, o Marquinhos da Liga, respectivamente, além do empresário tucano.

Ao Diário, Marquinhos já havia alegado que o contrato previa “pequenos reparos” e se isentou de responsabilidades, embora a despesa com o contrato foi paga em 2014 pela Pasta de Esportes, que comandou até o ano passado. Dourado também negou ter ligação com o contrato com a firma de seu ex-cabo eleitoral e refutou possível conflito de interesses pelo fato de a mulher de Jerri, Solange Oliveira Souza, ter sido sua assessora na Câmara. 




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