Economia Titulo
Inflaçao tende para 6% este ano, diz Malan
Do Diário do Grande ABC
24/06/1999 | 09:04
Compartilhar notícia


O ministro da Fazenda, Pedro Malan, em discurso ontem à noite no evento de premiaçao da Revista Melhores e Maiores, apresentou estimativas de indicadores econômicos para este ano. Ele afirmou que consultorias têm trabalhado com expectativa de inflaçao de 6% para este ano, contra 16% no início de 1999. O ministro afirmou que o PIB (Produto Interno Bruto) deve ser nulo ou cair 1% este ano, contra uma estimativa no início do ano de recessao com queda de 4% no PIB. Malan disse ainda que o governo trabalha com inflaçao sob controle e elevaçao de 4% no Produto Interno Bruto no ano 2000.

Balança - Segundo Malan, haverá uma reversao de US$ 10 bilhoes nos resultados da balança comercial no período 1998/1999. Isso significa que o governo está trabalhando agora com superávit (saldo positivo) de US$ 4 bilhoes este ano, que compensará os US$ 6 bilhoes de déficit (saldo negativo) no ano passado. A meta de superávit do governo no início do ano era de US$ 11 bilhoes.

Investimento - O ministro da Fazenda afirma que o Brasil está entre os cinco países de maior atratividade de investimentos externos do mundo. Segundo ele, os investimentos externos atingiram em 1999 até agora US$ 12 bilhoes. O ritmo de investimentos estrangeiros é crescente passando de uma média anual de US$ 1 bilhao no período 1990-93, para US$ 10 bilhoes em 1996; US$ 17 bilhoes em 1997 e US$ 26 bilhoes em 1998.

Juros - O presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan, afirmou que a baixa dos juros básicos da economia de 22% para 21% demonstra que a tendência é de uma reduçao mensal de um ponto percentual devendo chegar a 15% até o final do ano. Ele acredita que a tendência é dos juros reais chegarem a 9% até o final do ano para uma inflaçao de 6% em 1999. "O importante é que há uma sinalizaçao consistente de queda nos juros", afirma o empresário. Furlan afirma que a meta governamental de superávit de US$ 4 bilhoes prevista pelo ministro Pedro Malan é factível. Segundo ele, é necessário zerar o déficit (saldo negativo) neste mês e produzir superávits mensais de US$ 700 milhoes até o final do ano. O superávit de US$ 4 bilhoes se atingido estará longe no entanto da meta do início de ano de se conseguir um superávit de US$ 11 bilhoes em 1999.

Para Furlan, o aumento nas tarifas de eletricidade e combustível demonstra que existe uma inércia estatal de repasse de custos para preços. Segundo ele, é preciso diminuir o tamanho do Estado na economia para que o país volte a crescer. Ele observa que o setor privado tem reduzido custos e mostrado ser competitivo, o que "nao vem acontecendo com o setor estatal". Ele observa que o transporte corresponde a 30% do custo final de matérias-primas como milho e soja.

"Um aumento de 10% no preço dos combustíveis resultará em aumento de 3% a 4% nos preços das matérias-primas", diz Furlan. O empresário afirma que dificilmente haverá repasse para os preços devido a retraçao do consumo. "As empresas deverao procurar aumentar a produtividade realizar ganhos na logística e no processo produtivo, evitando tentar repassar para preços".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;