Acusado de favorecer uma corretora de seguros na contrataçao de serviços considerados superfaturados, Souza Filho vinha se recusando, há duas semanas, colocar o requerimento feito por presidentes de diretórios municipais de partidos, para ser apreciado pelo plenário. Ele preferiu encaminhar o pedido de instalaçao da Comissao Processante para o advogado da câmara, que também está comprometido com a denúncia porque era presidente da comissao de licitaçao que escolheu a corretora de seguros contratada por Souza Filho.
Segunda à noite, os vereadores que defendiam a instalaçao da comissao conseguiram obter medida liminar em mandado de segurança exigindo o cumprimento do regimento interno. A juíza alegou que a demora em se respeitar a legislaçao acabaria causando "prejuízo à ordem jurídica estabelecida". Souza Filho abriu a sessao e presidiu os trabalhos até que todos os ofícios e correspondências fossem lidos pela secretaria, durante quase uma hora.
Dezenas de policiais civís, militares e municipais controlaram a entrada do público que ameaçava perder a paciência. Foi permitida a entrada de aproximadamente 200 pessoas. Do lado de fora, pouco mais de cem pessoas acompanharam a sessao pela rádio local e se manifestaram com gritos e palmas quando Souza Filho finalmente aceitou se afastar do cargo, chamando o vice presidente Vinícios Martins Nascimento (sem partido) para que ocupasse seu lugar.
Nascimento instalou a Comissao Processante e convocou o vereador suplente Paulo Botácio (PPB) para que assuma o lugar vago por até 90 dias, prazo que os vereadores terao para concluir os trabalhos e decidir se o presidente afastado deve ou nao perder o mandato.
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