O estado de saúde do presidente russo, Boris Yeltsin, hospitalizado desde domingo com uma úlcera perfurada no estômago, nao provoca mais inquietaçao, declarou esta quarta-feira o chefe da administraçao presidencial, Nicolai Bordiuya. "Tudo se desenvolve como estava previsto, o tratamento continua, a situaçao nao é inquietante e seu estado é bom", disse Bordiuja.

Por outro lado, Bordiuya nao divulgou informaçoes sobre a endoscopia digestiva a que deve ser submetido ainda nesta quarta-feira o presidente russo. O exame vai permitir aos médicos decidir se será necessário uma operaçao, caso os remédios nao tenham estancado a hemorragia.

Yeltsin foi internado às pressas no domingo passado, depois de se queixar de fortes dores estomacais e desmaios. Os exames revelaram uma grande úlcera no estômago, que segundo o chefe dos médicos do Kremlin, Serguei Mironov, provocou "uma importante perda de sangue". Especialistas franceses disseram em Paris que a operaçao, sob anestesia geral, pode durar seis horas. Já o cardiologista norte-americano Michael DeBakey - que prestou seus serviços como assessor quando Yeltsin foi submetido a uma operaçao para receber cinco pontes de safena, há dois anos - disse que uma possível operaçao poderia ser muito perigosa para o presidente russo.

Yeltsin tem sofrido vários problemas de saúde, desde quando foi reeleito, em julho de 1996, incluindo vários infartos, pneumonias e ataques de bronquite.