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Mortes no trânsito aumentam na região

Conforme Infosiga, em janeiro foram
23 mortos, sendo que 12 eram motociclistas

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
21/02/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 O número de mortes no trânsito na região aumentou 53% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2016: passou de 15 para 23. Segundo dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), motociclistas lideram a lista de vítimas fatais, com 12, seguido de pedestres, com sete (veja mais na arte ao lado).

Já a cidade com maior concentração dos indicadores é São Bernardo, com 11 ocorrências. Conforme o mapa, houve acidentes na Via Anchieta e nas avenidas Luís Pequini e Robert Kennedy, entre outras.

Para especialistas, a tendência é que sem investimentos em educação no trânsito ou alterações em vias os números continuem crescentes. Na região, apenas Santo André, São Bernardo e Mauá informaram possuir bolsões em semáforos direcionados aos motociclistas, antes das faixas de pedestres. Ainda não são em número suficiente, mas a previsão é ampliar.

Para o chefe do departamento de medicina de tráfego da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) Dirceu Rodrigues Alves Júnior, a redução desses números só deverá ocorrer quando as motos tiverem faixas exclusivas. Segundo ele, isso deve acontecer em locais com maior fluxo de veículos.

“O ideal é isolar a moto, porque é um veículo leve que transita entre veículos de massas diferentes. Porém, esse local tem que ser bem estudado pelos departamentos de trânsito. O ideal é sair das vias principais para secundárias.”

Já o professor de Engenharia Civil da FEI e mestre em Transportes Creso Peixoto é contra os bolsões, por considerar “oferta paliativa”, e as faixas exclusivas, que deixam as vias ainda mais apertadas e, consequentemente, perigosas. Para o especialista, um dos caminhos é a maior fiscalização.

“A solução são uma campanha fiscalizatória mais intensa e um trabalho de educação no trânsito direcionada ao motociclista. Falta educar.”

Sobre as mortes nas rodovias, a Polícia Militar Rodoviária destacou que foram contabilizadas oito em janeiro na região, número maior do que no mesmo período de 2016, quando houve apenas um registro. Segundo a corporação, a maioria acontece durante a noite, período de baixa visibilidade.

 

 




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