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Sindserv reivindica 6% de ganho real em São Caetano

Mesmo diante de crise financeira vivida pela Prefeitura, sindicato vislumbra reajuste com índices acima dos medidos na inflação

Por Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
18/02/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos) de São Caetano protocolou na Prefeitura pedido de aumento real de 6% ao funcionalismo. A pauta de reivindicações da campanha salarial de 2017, entregue no Palácio da Cerâmica no mês passado, pede reposição da inflação, medida pelo ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese, mais perdas acumuladas.

Presidente interina do Sindserv, Joelma Souza Gomes avalia ser possível o governo do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) conceder aumento real nos salários mesmo diante crítico cenário financeiro do Paço.

“Nós vamos fazer o impossível para que eles acatem nossa reivindicação. Nossos servidores acumulam perdas salariais muito grandes. Vamos até as últimas consequências com a Prefeitura. É possível atingir esse índice. Isso não é muito, tendo em vista que o servidor já está com o salário defasado”, avaliou a sindicalista.

Desde dezembro, o Sindserv trava batalha com o Palácio da Cerâmica para o pagamento de duas parcelas do abono, que varia entre R$ 750 e R$ 1.000, aos funcionários da Educação. O atraso no pagamento do benefício foi herdado do governo ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), que chegou a se comprometer a quitar os valores até o fim do ano, o que não ocorreu. No dia 7, a gestão tucana depositou uma das duas parcelas em atraso depois de o sindicato pedir intervenção do Ministério do Trabalho. O governo também se comprometeu a pagar totalmente a dívida até o mês que vem.

Desde que reassumiu o Paço, Auricchio tem relatado situação crítica nas contas da Prefeitura. O tucano, inclusive, decidiu contingenciar 21% do Orçamento deste ano. Em áreas como a Secretaria de Saúde, gerida por Regina Maura Zetone (PSDB), há exigências até de restrição do uso de copo descartável por parte dos funcionários dos equipamentos públicos.

O Sindserv também exigiu que a administração cancele o contrato celebrado com a GreenLine para a gerência dos planos de saúde dos servidores da Prefeitura e da Câmara. O governo ainda avalia a possibilidade de rescisão.

REGIONAL

Na região, a situação também deve ser de intensa negociação entre sindicatos de servidores públicos e Prefeituras. Com alto número de dívidas, os governos tendem a oferecer, no máximo, índices de reposição da inflação. Porém, essas entidades costumam ser presididas por filiados ao PT, sigla de oposição em todas as cidades do Grande ABC. 




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