Setecidades Titulo Diadema
Família tem problemas com transporte especial

Serviço ofertado pela Prefeitura de Diadema é falho; atrasos e veículos não adaptados são recorrentes

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
06/02/2017 | 07:00
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


O transporte oferecido pela Prefeitura de Diadema à crianças com deficiência é alvo de reclamação de família que depende do serviço. A dona de casa Vilma da Conceição Pinto, mãe de Pedro Henrique Pinto da Silva, 13, que tem paralisia cerebral, destaca o que considera negligência por parte da administração: atrasos e a oferta de veículo não adaptado para viagens à consultas e exames médicos.

Pedro tem paralisia cerebral espástica, problema decorrente de seu nascimento prematuro, aos seis meses. O garoto depende da mãe para a alimentação, banho e quaisquer outras atividades que precisam do movimento das mãos. A família usa o transporte há dez anos, sendo que, atualmente, em média, uma vez por mês. “Vinha uma ambulância me buscar, super mal adaptada, mas a gente embarcava nesse transporte, que nem era para estar circulando, não tinha condições”, diz Vilma.

Conforme a mãe, por diversas vezes, não há carro adaptado, o que obriga a desmontagem da cadeira de rodas do menino. Um dos problemas é que, em algumas ocasiões, o equipamento não cabe no porta-malas do veículo. “Eles têm mandado muitos carros pequenos, que não são adaptados. Eu tenho de ficar segurando meu filho, já que ele não se apoia sozinho sentado no banco do carro”, diz. “Isso é uma bagunça, todo mundo reclama. Eu me coloco no lugar de pessoas que têm mais dificuldades, porque eu conheço várias”, desabafa.

“Não uso o transporte para passeio, uso por necessidade. Queria eu que a vida dele fosse mais simples, com mais respeito tanto com ele quanto comigo que sou uma mãe que tem esperanças”, aponta Vilma, que pede mais responsabilidade para que o filho não sinta mais dores pelas más condições do transporte.

Outro exemplo do descaso foi destacado pela mãe. Com consulta agendada para o filho para as 15h, Vilma agendou o transporte para as 14h. “Quando ia dar 14h30, liguei (na administração) e falei que o carro não tinha chegado, mas me mandaram aguardar, porque o motorista estava a caminho”. No entanto, o veículo estacionou na porta da sua casa apenas às 15h20, horário que já ultrapassava até mesmo a tolerância de 15 minutos para o atendimento médico, localizado a cerca de 20 minutos de distância da residência. “Pedi que o motorista fosse embora, porque não tinha mais necessidade do transporte”, lamenta. Na semana passada, a mãe foi até a Prefeitura conversar com os responsáveis pelo serviço. A informação que recebeu foi a de que o atraso foi motivado por contratempo do encarregado pela liberação dos transportes.

Questionada sobre o problema durante a semana passada, a Prefeitura de Diadema não se pronunciou. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;