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Parques de Santo André estão sem manutenção

Ao menos quatro espaços possuem mato alto e brinquedos quebrados em suas instalações

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
30/12/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


 Opções gratuitas de lazer para famílias que optaram por curtir o fim de ano na região, os parques espalhados por Santo André apresentam condições precárias em suas instalações. Ao menos quatro das áreas verdes do município, que no período de férias deveriam oferecer diversão para crianças e adolescentes, sofrem com a falta de manutenção e tornam-se motivo de preocupação para seus frequentadores.

Ontem, a equipe do Diário visitou as instalações dos parques Central, Prefeito Celso Daniel, Juventude e Regional da Criança e constatou a precariedade dos equipamentos. Mato alto, estruturas danificadas e falta de manutenção e segurança foram alguns itens diagnosticados pela equipe de reportagem e também citados pelos frequentadores, que afirmam que os espaços de recreação da cidade já viveram dias melhores.

“De uns meses para cá parece que ninguém mais está se preocupando em limpar e cortar o mato das praças e parques”, relata o motorista Edmar de Jesus Aragão, 30 anos.

Frequentador do Parque da Juventude, uma das opções de lazer para quem reside na região da Vila Luzita e Vila Pires, Aragão enfrentou ontem na pele as dificuldades da falta de manutenção na área verde. Ao lado do seu filho Gabriel, 2, ele teve que redobrar o cuidado nas instalações do parque.

“O mato está muito alto. É preciso sempre estar de olho. É difícil, pois antes, além de o parque ter muito shows, as pessoas conseguiam fazer, inclusive, piquenique”, relata.

Segundo funcionários do próprio parque, que optaram por não se identificar, há pelo menos três meses a manutenção tem sido feita em intervalos maiores. “Faz um tempo já que está desse jeito, abandonado”.

Um exemplo do descaso da área pode ser visto no próprio campo de futebol do parque. Quem usa o local precisa driblar vegetação que chega a altura de até 40 cm.

No Parque Regional da Criança, atração para quem reside no 2º Subdistrito, as estruturas dos brinquedos preocupam usuários. Após ficar quase seis meses com o escorregador, em formato de robô, fechado, desta vez pais e mães temem o perigo oferecido pela estrutura do labirinto que fica no playground do parque.

“Tem algumas paredes que já estão só no tijolo. Mas como as crianças não fazem força nelas acabamos deixando elas brincarem”, disse a recepcionista Ana Lucia Lacerda, 41.

O local, que ainda apresentava acúmulo de lixo e estruturas de árvores caídas, também possui improvisos num dos casarões do parque, conforme já denunciado pelo Diário em setembro.

Nos parques Celso Daniel e Central, ambos localizados na área Central de Santo André, os problemas também se repetem. No primeiro, a equipe de reportagem encontrou a lona do palco de eventos da área verde rasgada, além de lixo espalhado por toda a estrutura. Já no segundo, os problemas estavam presentes em brinquedos que apresentavam ferrugem e poças de água.

Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que a manutenção nos parques da cidade são rotineiras. “Em alguns desses equipamentos houve intervenções maiores, como a troca de toda a iluminação do Parque Regional da Criança, as revitalizações dos parques Prefeito Celso Daniel e Chácara Pignatari e a incorporação do espaço do antigo núcleo da Gamboa ao Parque Central.”

O Paço, no entanto, não soube especificar especificar datas de intervenções e custo empenhado mensalmente na limpeza e manutenção dos parques.  




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