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Cremesp instaura sindicância sobre caso de médico ilegal
Por Leonardo Santos
Especial para o Diário
22/11/2016 | 07:00
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O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) instaurou sindicância para apurar o caso do médico Graziane Soares Pereira, 33 anos, preso em flagrante no domingo por atuar sem registro do CRM (Conselho Regional de Medicina), após morte de paciente que tinha dado à luz gêmeos em Santo André. O órgão informou ainda que encaminhará denúncia ao Ministério Público Estadual, instância competente para tomar providências legais.

O médico brasileiro formado na Bolívia atuava ilegalmente na empresa Sérgio Remoções, terceirizada responsável pelo transporte dos pacientes do Hospital Santa Helena. Pereira responderá também pelo crime de falsidade ideológica, uma vez que usava o nome de Rafael.

“Por competência legal, o Cremesp pode agir somente em relação a médicos devidamente inscritos e habilitados, portanto, quando comunicado formalmente sobre a possibilidade de atuação de falsos médicos, encaminha as denúncias ao Ministério Público Estadual”, informou em nota.

A vítima, Vanessa Batista, apresentou piora do quadro clínico após transferência entre as unidades de São Bernardo e Santo André do Hospital Santa Helena acompanhada por Pereira. Ela morreu devido a parada cardiorrespiratória. As crianças (um menino e uma menina) passam bem.

Por meio de nota, o Hospital Santa Helena informou que a paciente recebeu assistência adequada e que, no sábado, Vanessa apresentou complicações decorrentes de hemorragia e foi submetida à histerectomia (remoção de parte ou da totalidade do útero). Conforme o centro de Saúde, os serviços da empresa Sérgio Remoções foram suspensos até que sejam concluídas as investigações. A instituição ressaltou que “está dando suporte necessário aos familiares da paciente.”

As investigações sobre a morte de Vanessa estão sendo realizadas no 3º DP (Vila Pires). O delegado titular, Luís Guilherme Marcondes, destacou que aguarda o laudo do IML (Instituto Médico Legal) para iniciar as oitivas das testemunhas. “Queremos saber se há eventual negligência do hospital. Vamos ouvir médicos e também especialistas e peritos”, diz.

Já o inquérito relacionado ao exercício ilegal da Medicina por parte de Pereira está sob responsabilidade do delegado titular do 1º DP (Centro) José Rosa Incerpi.  




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