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GCM prende servidores na hora da assembléia em S.Bernardo
Por Marco Borba e
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
24/06/2005 | 08:15
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Uma discussão entre dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos de São Bernardo e o supervisor da Guarda Civil Municipal, Jorge Lajes, na manhã de quinta-feira, acabou no 5º Distrito Policial da cidade. A confusão começou porque a presidente da entidade, Vânia Aparecida de Souza, e cinco diretores teriam sido impedidos de realizar assembléia com funcionários do setor de manutenção de veículos da Prefeitura, no bairro Paulicéia.

Vânia Aparecida explicou que o supervisor da GCM tentou impedir a reunião e desligou o aparelho de som instalado em um veículo do sindicato, estacionado no pátio do setor de manutenção. “Ele (Lajes) me ameaçou com voz de prisão porque não desliguei o aparelho. Foi uma atitude arbitrária. Fizemos uma assembléia com os servidores e eles se dispuseram a nos ouvir.”

O impasse só foi resolvido com a chegada de uma equipe da Polícia Militar. Vânia e os cinco diretores concordaram em ir até o 5º DP, onde foi registrado boletim de ocorrência por “desacato” e “desobediência”. O grupo de sindicalistas foi liberado após prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.

O sindicato alega que as atividades do setor de manutenção não foram prejudicadas pela assembléia com os servidores, realizada fora do expediente de trabalho, entre 7h30 e 8h da manhã. Em nota oficial, o comando da GCM informou apenas que os guardas deram voz de prisão aos sindicalistas por desacato e desobediência porque estes, além de questionarem a autoridade da Guarda, se recusaram a sair e retirar o veículo do pátio do setor de manutenção.

Em campanha salarial desde o início do ano, o sindicato diz que a Prefeitura se recusa a discutir propostas de interesse do funcionalismo, como reposição de perdas salariais e reajuste do auxílio alimentação, hoje em R$ 5,00. Segundo Vânia Aparecida, as perdas salariais nos últimos dez anos chegam a cerca de 60%. “Queremos negociar um acordo coletivo que garanta essa reposição e os reajustes anuais do salário. Desde o início do ano já protocolamos dois pedidos de reunião com representantes da Administração e não obtivemos resposta. Isso mostra que não querem o diálogo”. Procurada pela reportagem do Diário, a Prefeitura de São Bernardo não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

Santo André –A greve dos funcionários públicos de Santo André, iniciada no dia 16, pode acabar segunda-feira se a Prefeitura aceitar as novas propostas apresentadas na quinta pela categoria. O representante legal do Sindiserv (Sindicato dos servidores públicos), Jaime de Almeida, disse que abrirá mão do reajuste salarial de 47,31%, que era a principal reivindicação, se a administração der abono de R$ 150 para quem ganham até R$ 1.000, R$ 100 para quem ganhar acima disso, não descontar os dias parados e não considerar faltas durante a greve para licença-prêmio e férias.

“Não conseguimos mobilizar a maioria da categoria e a tendência é terminarmos a greve se forem aceitas essas condições”, disse Almeida. As novas propostas serão encaminhadas para a Secretaria de Governo.

Até lá, o sindicato afirmou que três dos quatro postos do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) continuarão parados. Os serviços emergenciais estão mantidos.



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