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Desemprego aumenta busca por vagas para Papai Noel
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11/10/2003 | 00:06
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O desemprego, a necessidade de reforçar a minguada renda da aposentadoria ou de driblar a queda do poder aquisitivo tornou mais disputado este ano até mesmo o restrito mercado de trabalho de Papai Noel. Quem veste a abafada roupa vermelha e se dispõe a conversar com centenas de crianças por dia sabe que o sacrifício vale a pena. Papai Noel, segundo as agências especializadas, pode ganhar de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil nos shoppings e muitos mais do que o dobro participando de festas na véspera do Natal.

Nas empresas de eventos que selecionam pessoal temporário para shoppings e em agências de modelos a procura em alguns casos dobrou. "Se no ano passado apareciam seis ou sete modelos por semana, este ano é o dobro", diz Fernanda Andrade, selecionadora na agência Totem. Na região metropolitana de São Paulo, um em cada cinco trabalhadores estava sem emprego em agosto.

"Outro dia apareceu um rapaz de 38 anos com o cabelo e a barba pintados, sem emprego e desesperado. Dá pena, mas para encarnar o velhinho é preciso ter pelo menos 50 anos", diz a diretora da Maison Eventos, Mônica Chaves. No ano passado ela teve 20 candidatos e este ano está com 35 inscritos até agora.

Além da idade, a personalidade de Papai Noel é fundamental na seleção. "Não adianta ter barba branca, bochechas rosadas e ser impaciente com a meninada. Ele vai ter de agradar a quase 600 crianças por dia", lembra a diretora da Vergani Eventos, Célia Regina Santiago.




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