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Buracos 'engolem' ruas e avenidas do Grande ABC
Por Isis Mastromano Correia e André Vieira
24/08/2009 | 07:01
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Um problema crônico que torna difícil a vida de pedestres e motoristas transformou-se em desafio para as prefeituras: os buracos. Diariamente, cerca de 1.000 crateras são fechadas ao longo dos mais de 1.550 quilômetros de ruas asfaltadas do Grande ABC.

Especialistas estimam que pelo menos 2.000 valas surjam nas ruas diariamente provocadas pelo tráfego pesado e pelas chuvas, sem contar as deixadas pelas concessionárias de serviços públicos de gás, telefone, água e esgoto.

A quantidade de falhas de pavimentação que ficam para trás ou surgem sequer é mensurada pelo poder público.

Dar conta de todos os buracos é missão que as prefeituras não têm conseguido cumprir a contento, e a ingratidão dessa batalha se torna maior à medida que os buracos ganham "donos". Os abertos por empresas de saneamento têm de ser tampados por elas; aberturas para conserto de tubulações de água são de responsabilidade das companhias de abastecimento e assim por diante.

Sobram para as administrações municipais os encargos das cavidades causadas pela circulação de automóveis e pelo desgaste natural do asfalto, além das valas abertas pela água da chuva.

ANIVERSARIANTES - Como a ‘propriedade' do buraco dificilmente é reivindicada de pronto, há os buracos que de tão antigos tornam-se parte natural do cenário das ruas.

Em Mauá, a Avenida Mansur José Sadek, no Jardim Zaíra 3, exemplifica a situação da região: um buraco está prestes a completar o segundo ano de existência, e sem perspectiva de que seja fechado.

Mas por que há tantos buracos nas ruas das cidades? A resposta vai desde a má qualidade do asfalto até a passagem de veículos pesados em vias que não foram projetadas para tamanho tráfego.

"Geralmente, em vias de trânsito local com baixa intensidade de passagem de carros, a qualidade do asfalto utilizado é inferior. O problema é que, por inúmeros motivos, o trânsito de veículos pesados, como caminhões e ônibus, são desviados para essas ruas que, naturalmente, não comportarão", explica o engenheiro de tráfego Arnaldo Souza.

Só em Santo André, 490 buracos são fechados diariamente

Santo André lidera a quantidade de buracos tampados por dia, de acordo com o Departamento de Vias Públicas. O diretor Marco Antonio Sanchez diz que 490 aberturas são recapeadas todos os dias.

São Bernardo, o maior município da região em extensão, não informou quantos buracos são fechados. O índice de asfalto reparado é de 358 metros quadrados por dia. Ribeirão Pires também não informou a quantia, mas diz reparar 70 metros diariamente.

Em Diadema, a média é de 50 consertos de asfalto, enquanto a demanda diária em São Caetano é de 15 buracos.

Mauá e Rio Grande da Serra não responderam.




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