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‘Acordo dos 13’ leva 4 comissões em Mauá
Vinícius Casagrande
Do Diário do Grande ABC
07/02/2001 | 00:03
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A bancada de sustentação do prefeito Oswaldo Dias (PT) na Câmara de Mauá honrou nesta terça-feira o acordo realizado no final de novembro para as eleições das comissões permanentes da Casa e ficou na presidência das comissões de Justiça e Redação, Finanças, Cultura e Defesa dos Direitos Humanos. Os oposicionistas estão presentes em todas as comissões mas são maioria apenas na de Defesa dos Direitos Humanos. A composição vencedora foi apresentada pela bancada do PT e venceu por 13 votos a oito.

Uma outra chapa havia sido apresentada pelas bancadas do PSDB, PPS e PFL. A derrota dos oposicionistas provocou um bate-boca entre os vereadores Manoel Lopes (PFL) e o presidente da Casa, Hélcio Antonio da Silva (PT), após um discurso de Lourival Lolô Rodrigues Fargiani (PSDB).

A chapa oposicionista foi composta por Lourival Lolô (PSDB), Admir Jacomussi (PPS) e Wagner Rubinelli, na comissão de Justiça; Francisco de Carvalho Filho (PPS), o Chico do Judô, Manoel Lopes (PFL) e Zeferino Ferreira de Souza (PL), na comissão de Finanças; José Rogério Moreira Santana (PT), Alberto Betão (PPS) e Otávio Godoy (PFL), na comissão de Cultura; e Silvar Silva Silveira (PMDB), Carlos Polisel (PSDB) e Sidney Sabela (PSDB), na comissão de Direitos Humanos.

Lolô usou a tribuna, primeiro para pedir votos para a sua chapa e depois para criticar a derrota sofrida por sua bancada. O tucano tentou convencer os governistas de que era preciso dar mais poder para os vereadores oposicionistas. “A oposição vai ficar aniquilada e sem força e espaço para exercer seu papel de fiscalização. Dessa forma, o Executivo vai mandar no Legislativo. Vamos participar das comissões, mas seremos sempre voto vencido”, disse.

A discussão começou quando o Manoel Lopes foi complementar o discurso de Lolô e criticar o fato de ter maioria apenas na comissão de Defesa dos Direitos Humanos e a proporcionalidade dos partidos da Casa. “O PFL está representado na comissão de Direitos Humanos, mas essa não é uma comissão permanente”, disse. O presidente da Casa leu, então, o artigo 25, parágrafo 1º da Lei Orgânica do Município, contrariando o que havia afirmado Lopes.

O petista Wagner Rubinelli esquentou ainda mais os ânimos quando afirmou que o presidente da Casa estava descumprindo o Regimento Interno ao permitir os discursos dos oposicionistas. Tanto Lolô quanto Lopes haviam solicitado uma Questão de Ordem. Nesse caso, não pode haver discursos e apenas tirar dúvidas regimentais. Hélcio terminou o bate-boca ao suspender a sessão e desligar os microfones.




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