Apesar de ocorrer o ano todo, é no inverno que mais ouvimos falar em inversão térmica. Esse fenômeno é comum na região, principalmente quando o céu está limpo. Mas o que é isso?

Inversão térmica é quando uma camada de ar frio (que é mais pesado) fica presa embaixo de uma camada de ar quente (mais leve). Assim impede que os poluentes, que estão próximos ao solo, como chaminés de fábricas e escapamentos de carros, sejam carregados para cima e se espalhem.

Como a poluição fica presa, o ar não se renova, e a cada dia mais gases nocivos se acumulam, prejudicando a saúde das pessoas e o ambiente. O ar (não o céu) fica meio cinza, como uma capa, e cobre os prédios. É por isso que a inversão térmica provoca problemas respiratórios. Confira como ocorre:

1) De dia, o calor que vem do sol aquece a superfície da Terra, principalmente as áreas cobertas pelo asfalto das ruas nas cidades. Sabe disso quem já tentou atravessar descalço a rua no verão.

2) À noite, o asfalto ainda está mais quente, enquanto o ar esfria; por isso, o calor sobe para o céu. Se estiver nublado, parte desse calor acaba sendo refletido de volta para a cidade, porque as nuvens funcionam como um cobertor que não deixa o chão esfriar.

3) Pela manhã, os escapamentos dos veículos começam a jogar poluição no ar, e o chão continua a aquecer o ar que está ao redor. O ar quente, por ser bem menos pesado que o ar frio, sobe e leva os poluentes embora.

4) Mas, tudo se complica à noite. Se o céu estiver estrelado, não haverá nuvens para fazer o papel de cobertor. Daí o chão vai irradiar muito calor para o céu (o céu com estrelas tem temperatura de 271°C abaixo de zero!) e ficará geladíssimo!

5) Na manhã seguinte, os veículos jogarão os poluentes em uma camada de ar gelado que, em vez de subir, se manterá embaixo. Essa inversão de comportamento faz com que a concentração de poluentes aumente muito e cause muitos problemas de saúde. A culpa é do céu estrelado!